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Cuidados que devemos ter com os filhotes de cães e gatos

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Na hora de comprar ou adotar um filhote de cão ou gato, todos devemos pensar que esta é uma decisão que merece ser bem discutida na família. Afinal, os filhotes crescem, latem ou miam, fazem suas necessidades – nem sempre em locais apropriados -, soltam pelos, lambem, choram e necessitam de afeto e companhia. Além disso, com cuidados veterinários e uma boa alimentação, vivem muitos anos.

Para o filhote crescer com saúde, alguns cuidados são essenciais: ele precisa ter água limpa e fresca à disposição e uma alimentação balanceada com vitaminas, minerais e aminoácidos para que se torne um adulto forte e saudável.

“A escolha de um bom médico veterinário também é muito importante”, afirma Amanda Carvalho, Analista Técnica da Vetnil. “É ele quem vai dar as orientações sobre a melhor forma de cuidar do animalzinho, incluindo o bem-estar e a manutenção da saúde.”

Alguns cuidados de higiene igualmente devem ser tomados, como o hábito de escovar os pelos, inspecionar as patas, orelhas e todo o corpo de uma maneira geral, observando se existe a presença de ectoparasitas (pulgas e carrapatos). Outro detalhe importante é a escovação dos dentes, prevenindo assim uma série de doenças, como o cálculo dentário.

Os animais, desde filhotes, devem entrar em um esquema de vermifugação completo, recebendo 2 doses de vermífugo com intervalos de 15 dias a cada 4 a 6 meses. Isso fará com que o animal esteja protegido contra infestações parasitárias internas.

O veterinário responsável pelo seu animal irá definir qual será o melhor protocolo de vacinação para ele, porém o seu filhote irá receber no mínimo 3 doses da vacina polivalente e 1 dose da vacina antirrábica nos primeiros 4 meses de vida. Isso irá protegê-los de doenças infectocontagiosas, algumas até consideradas zoonoses, como a raiva.

Se a opção for adotar um filhote órfão, os cuidados devem ser redobrados, pois os bebês ficam mais frágeis devido à falta de acesso ao colostro da mãe e à ausência dos cuidados dela. O primeiro passo é tentar conseguir uma mãe substituta, que adote os filhotes e que forneça colostro, que é o primeiro produto secretado pela glândula mamária no início da lactação, rico em anticorpos e indispensável nos primeiros dias de vida.

“Como nem sempre é fácil encontrar uma substituta, na maioria das vezes o proprietário é quem passará a exercer algumas funções que deveriam ser de responsabilidade da mãe”, explica Amanda. É preciso se preocupar com alguns cuidados especiais, como estímulos que garantam a realização das funções vitais do recém-nascido, manutenção da temperatura corpórea, cuidados de higienização e nutrição entre outros.

            Dentre todos os cuidados citados, vale ressaltar a nutrição adequada. Como os filhotes não tiveram acesso ao colostro, que é fundamental para garantir a imunidade contra diversas doenças, eles devem ser levados a um médico veterinário para que sejam imunizados por meio de bancos de colostro ou de outras medidas.

            Após a administração de colostro, recomenda-se que os filhotes tenham acesso a um alimento completo e próprio para esta fase da vida, ou seja, leite formulado especificamente para cães e/ou gatos. Este tipo de produto deve ser rico em vitaminas, minerais e aminoácidos, pois será a única fonte nutricional para os filhotes durante o início da vida, período determinante para a sobrevivência e desenvolvimento adequado. O uso de leite de vaca não é indicado, pois este tipo de alimento, além de não atender às necessidades nutricionais dos filhotes, contém lactose em concentrações consideradas elevadas para cães e gatos, o que pode ocasionar diarreias graves, de difícil reversão.

Com todos esses cuidados, o animalzinho viverá feliz e saudável, dando muitas alegrias a seus tutores.

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