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Dona Manja Costa, exemplo de civismo e amor ao próximo

 

Maria Ângela Costa de Oliveira, a nossa inesquecível Dona Manja Costa, um nome suave aos ouvidos de gerações de alunos que esperavam ávidos pelos seus comandos nas aulas de educação física ou nas solenidades cívicas. Aquela figura terna e cativante sempre a orientar e partilhar seus ensinamentos com os pupilos.

Por ocasião de seu falecimento, em 22 de fevereiro, foram diversas as manifestações de carinho, principalmente nas redes sociais onde vários de seus ex-alunos prestaram depoimentos emocionados e dotados de eterna gratidão pela notável Mestra. E como uma singela homenagem, deixo registrado também o meu depoimento, de ex-aluno e de amigo.

Conheci Dona Manja Costa em 1988, ano em que vim pela primeira vez para Borda da Mata, com 8 anos de idade e estudei no então Grupo Escolar Comendador José Inácio, atual Escola Municipal Benedita Braga Cobra. Como eu vim lá do Paraná, cursando a antiga 3.ª série do primário, passando a ingressar uma nova escola quase no meio do ano e com uma cultura totalmente diferente, fez toda a diferença em minha formação escolar a atenção que recebi de Dona Manja enquanto professora de educação física e também pelas lições de amor à Pátria que ela sempre nos transmitiu.

Por ocasião do Centenário da Escola em 2017, foi editada pela Prefeitura Municipal uma Revista Comemorativa, num belíssimo trabalho da jornalista Edna Motta e nessa publicação, onde tive a honra de figurar em uma das matérias como entrevistado, registrei com muito carinho a lembrança de Dona Manja Costa no período em que estudei lá. Era tamanha a emoção em participar das cerimônias por ela brilhantemente orquestradas de Hasteamento e de Arriamento da Bandeira Nacional, quando cantávamos a plenos pulmões o Hino à Bandeira e o Hino Nacional, todos em posição de respeito, com o devido distanciamento de um braço para cada lado, em filas perfeitas, no maior silêncio e disciplina, conforme exemplarmente ensinado por nossa querida e eterna Mestra.

Ainda tinha os Desfiles do 7 de setembro, a Fanfarra, as Coroações de Nossa Senhora do Carmo, a sua residência ornada para as procissões de Corpus Christi, lembranças que ficarão dessa esposa zelosa que tão bem cuidou do saudoso Zezinho do Benjamin, da mãe amorosa da Josmara (Jô) e do Dr. Francisco (Kiko), vovó coruja e ser humano extraordinário no cuidado com o próximo. Sua filha Jô, me mandou no Instagram: “Léo… ela gostava muito de você, te admirava muito.” A admiração é recíproca e a saudade eterna!

 

Léo Guimarães – Escritor, Poeta e Jornalista

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