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Levantamento aponta: pacientes necessitam de orientação adequada para lidar com a psoríase

Para 53% dos pacientes entrevistados, a doença já esteve mais controlada no passado – o que revela desconhecimento em relação às opções eficazes de tratamento disponíveis

 

Conviver com lesões e manchas avermelhadas na pele, escamas brancas, deformidades nas unhas e descamação no couro cabeludo é praticamente uma constante para 51% dos entrevistados no levantamento Convivendo com a Psoríase, realizado com 234 pacientesem São Paulo, pela equipe do dermatologista Cid Sabbag, diretor do Centro Brasileiro de Psoríase, e com apoio da Pfizer. Para eles, a psoríase ocorre de forma contínua, sem intercalar com fases de controle. Além disso, 53% afirmam que a doença já esteve melhor do que agora e, quando perguntados sobre os locais do corpo atingidos pela doença, 50% apontam que hoje ela atinge áreas aparentes e também cobertas pela roupa. “Estes dados mostram a necessidade de aumentar a conscientização sobre a doença e fortalecer a parceria entre médico e paciente para o combate à psoríase”, explica Sabbag.

 

Uma parte deste caminho já é percorrida por 69% dos pacientes, que disseram ter recebido o diagnóstico por um médico, e por 22% dos participantes do levantamento, que dizem ter realizado de2 a5 consultas dermatológicas durante o ano. “Por se tratar de uma doença inflamatória crônica, o acompanhamento do dermatologista em longo prazo é imprescindível”, ressalta Sabbag. Na outra ponta, os pacientes devem se comprometer com a adesão ao tratamento, seguindo de maneira adequada as orientações que recebem nestas consultas.

 

Em relação aos tratamentos, o levantamento revela que 62% dos pacientes estão insatisfeitos devido à falta de resultados efetivos e que 90% buscam terapias alternativas. “Estes dados apontam a necessidade de ações educativas e de conscientização sobre a psoríase, pois apesar de não ter cura, a doença tem controle”, alerta o dermatologista.

 

Há diferentes formas de controlar a psoríase, inclusive com opções de medicamentos orais, como imunossupressores e retinoides; ou de aplicação subcutânea ou intravenosa como os medicamentos imunobiológicos. Estes últimos são feitos a partir de células vivas (caso da produção de vacinas e insulina), a exemplo do etanercepte, indicado para psoríase cutânea e artropática que atua bloqueando o Fator de Necrose Tumoral – TNF (proteína que estimula a inflamação e é produzida em excesso), e interrompe assim a cascata inflamatória que está associada à psoríase. “O dermatologista pode indicar o tratamento mais apropriado para cada caso”, complementa Sabbag.

 

Problema em cascata

A psoríase é uma doença sistêmica e deve ser tratada com seriedade, pois pode ocasionar outras complicações à saúde do paciente, como aumento do colesterol e triglicérides, obesidade abdominal e hipertensão arterial (quadro denominado de síndrome metabólica) – especialmente em pacientes que já têm a doença há muito tempo. No levantamento, é possível identificar estas comorbidades: a hipertensão arterial atinge 27% dos pacientes; a obesidade ou peso acima do ideal (35%); os índices elevados de colesterol e triglicérides (28%); além do diabetes (11%). Há ainda 18% dos pacientes que relatam sofrer de depressão.

 

Além do impacto na saúde, outros aspectos importantes comprovados pelo levantamento são a diminuição da qualidade de vida e preconceito sofridos pelos pacientes: 77% consideram que a psoríase piora a qualidade de vida e 63% do total de entrevistados deixam de fazer atividades devido à psoríase. Entre aquelas que abrem mão de realizar estão: ir à praia ou piscina, tomar sol (16%); vestir bermudas, saias, decotes (12%); frequentar festas, teatros ou passeios (14%).

 

Há prejuízos também nos relacionamentos, já que 27% dos pacientes apontam dificuldade em namorar devido à psoríase; evitam situações íntimas com companheiros (28%) e sentem-se fisicamente pouco atraente ou sexualmente indesejável quando há recidiva da doença (28%). Os pacientes mostram-se também envergonhados nos relacionamentos (26% pouco, 10% muito), sendo que para 42% a vergonha é de si próprio. Para 16%, a doença modifica muito a autoestima. 

 

Sobre Convivendo com a Psoríase

O levantamento tem como objetivo conhecer melhor os pacientes, hábitos em relação ao acompanhamento do dermatologista, além de identificar o tipo da doença, gravidade e impacto desta enfermidade na vida dessas pessoas. Para isso, com coordenação do dermatologista Cid Sabbag e apoio da Pfizer, ao longo de 2011, questionários foram entregues e preenchidos pelos próprios pacientes que passaram por consultório particular (Clínica Sabbag), hospital público (Hospital Ipiranga) e pela Câmara Municipal de São Paulo, durante o Encontro Municipal de Psoríase, organizado pelo Centro Brasileiro de Estudosem Psoríase. Nototal, 234 questionários foram compilados pelo TCA Pesquisa e Assessoria de Marketing e divulgados à imprensa, em agosto de 2012.

 

Sobre a psoríase

Psoríase é uma doença crônica, que provoca lesões vermelhas e descamativas. Elas surgem devido a um processo inflamatório que acelera o ciclo de renovação da pele, fazendo com que as células não tenham tempo suficiente para se diferenciar, sendo eliminadas mais rapidamente que o normal. Não se conhece a causa da psoríase, porém, fatores ambientais e hereditariedade estão relacionados ao aparecimento da doença: em cerca de 30% dos casos, existem portadores da doença na família.

 

“A psoríase pode ser desencadeada por diferentes fatores, entre eles estresse, quadros infecciosos, traumas e irritações na pele, uso de alguns medicamentos à base de corticoide, entre outros”, explica Sabbag. A enfermidade pode ainda atingir as articulações, tendões e ossos – a chamada artrite psoriásica. Quando não diagnosticados precocemente ou tratados corretamente, os pacientes podem sofrer deformidades permanentes, que levam ao afastamento do trabalho ou aposentadoria precoce, dor e perda ainda maior de qualidade de vida. “Segundo o levantamento, 13% dos pacientes disseram ter este tipo de psoríase”, aponta o especialista.

 

Apesar de não ser contagiosa, o preconceito é uma das principais consequências desta enfermidade, muitas vezes confundida com alergias ou micoses, fazendo com que os pacientes se isolem para evitar situações constrangedoras no local de trabalho, de lazer ou esporte.

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Pfizer

Ao completar 60 anos de atuação no Brasil em 2012, a Pfizer reforça seu comprometimento com a saúde e o bem-estar das pessoas, trabalhando para ampliar cada vez mais o alcance de pacientes a tratamentos de qualidade, seguros e eficazes. Para isso, a companhia investe em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças importantes e para necessidades médicas não atendidas, além de estabelecer parcerias para possibilitar ampliação do alcance de seus tratamentos à população, por meio de medicamentos genéricos e produtos maduros. Hoje, a Pfizer oferece grande diversidade de opções terapêuticas que abrangem áreas como saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos, infecções, dor, doenças autoimunes, câncer, Alzheimer, entre outras. A empresa também valoriza o apoio à comunidade e oferece suporte a projetos sociais no País relacionados a saúde, educação e sustentabilidade. No mundo, a história da Pfizer começou em 1849 com a produção de insumos para medicamentos nos Estados Unidos (Nova York) e se expandiu para mais de 150 países. No Brasil, a Pfizer está dividida em três áreas: Farmacêutica (produtos de prescrição para Saúde Humana), Consumer Healthcare (medicamentos isentos de prescrição) e Saúde Animal.

 

 

 

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