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Minas de pensamento…

pensamento

Aqui tem muitas montanhas
Que lá no alto ficam sonhando
“Como seria a vida?”
Se elas estivessem andando…

As pessoas são como as montanhas,
Sempre querendo conhecer outro lugar,
Mas nem sempre têm oportunidade
De os seus sonhos realizar.

E assim os sonhos vivem aqui
E são plantados como semente,
Depois crescem fortes
E viram a vida da gente.

Quando o Sol começa a sair,
O dia começa a brilhar,
A Lua vai dormir
E as crianças vão brincar.

O Sol amarelo lá no alto
Traz vida ao dia,
O azul enche o céu
E o verde colore a alegria.

Já antes do Sol nascer,
Todos vão trabalhar.
Depois, já no escurecer,
Voltam para descansar.

Na estradinha sonolenta,
Os trabalhadores vão e vêm.
A poeira os observa
E vê os segredos que têm.

As casas são comuns,
Não há nenhuma mansão.
Mas é onde ficam nossas vidas
E mora nosso coração.

Quando vem a noite,
Os jovens vão pra rua.
Namorados na calçada,
Conversando com a Lua.

Em casa, o fogão a lenha,
O avô e as histórias de encantar.
Até o fogo se emociona
E fica em silêncio a escutar.

Causos de assombrações
Tão vivos que dão até medo.
Histórias das antigas gerações
E às vezes, conta até segredo.

Todos ouvem no silêncio
Os sons doces do passado
E imaginam o futuro num sonho
Que no peito fica guardado.

Esse é o povo simples daqui,
Que é como o joão-de-barro,
O povo faz casa ao pé da serra
E o passarinho lá no galho.

Entre as montanhas de Minas
Mora silencioso o meu lugar.
A água pura escorre da ribanceira
É o pensamento brotando em cada olhar.

Mateus Henrique Alves

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