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Mortalidade infantil em filhos de mães adolescentes é destaque em estudo

Todos os dias, nove crianças filhas de mães adolescentes morrem antes de completar um ano de idade. Esses bebês representam 20% do total de mortes infantis em todo o país. Isso significa que um quinto dos bebês que nascem no Brasil – 8.544 meninas e meninos filhos de mães adolescentes – morre anualmente por causas completamente evitáveis.
Esses e outros dados foram revelados pelo Estudo sobre as Políticas Públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil: um olhar especial para os filhos de mães adolescentes, realizado pela organização não-governamental Visão Mundial. O estudo será lançado na próxima segunda-feira, dia 5, às 16h no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, localizado no bairro do Derby, em Recife (PE).
O estudo traz ainda informações acerca do atendimento à saúde materno-infantil no país e fornece subsídios ao debate sobre possíveis maneiras de se combater a mortalidade infantil e materna no Brasil, focando na maternidade na adolescência. A pesquisa foi feita por meio de análise documental a partir de publicações oficiais (dentre elas o DATASUS e SIGPLAN), apresentando um acompanhamento das Metas do Milênio, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), e uma análise situacional entre os anos de 1990 e 2010.
A pesquisa faz parte dos esforços da campanha da Visão Mundial Saúde para as Crianças Primeiroque pretende contribuir para a redução da mortalidade infantil e materna com foco na adolescência no Brasil. Sua meta é engajar líderes governamentais e sociedade civil na priorização de ações e decisões que diretamente diminuam a mortalidade nesse público até 2015. Os esforços estão alinhados às metas 4 e 5 das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) – reduzir em 2/3 a mortalidade infantil e promover a saúde materna, respectivamente.
Esta campanha tem como parceiros a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Marista de Solidariedade, Instituto de Zero a Seis (ZAS)e Superintendência de Políticas para a Criança e o Adolescente da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos de Alagoas.
Saiba mais
Apesar dos avanços que o Brasil alcançou em relação à mortalidade infantil, a desigualdade regional, étnica e de oportunidades são fatores determinantes para que um número alto de crianças morra por causas completamente evitáveis. A taxa de mortalidade infantil em média nacional está em 19/1000 nascidos vivos. Veja esses números em públicos específicos:

• A mortalidade infantil está em maior proporção no Norte e Nordeste brasileiro. Uma criança que nasce no Nordeste, por exemplo, tem 2,2 vezes mais chance do morrer do que uma criança que nasce no Sul. Enquanto a média nacional de mortalidade infantil foi de 19 por mil nascidos vivos em 2007, em Alagoas esse dado foi de 47 por mil nascidos vivos.
• Está em sua maioria entre crianças negras. De todas as mortes infantis ocorridas em 2008, 44,8% foi de crianças pretas e pardas.
• Entre filhos de mães adolescentes. Das mortes ocorridas no ano de 2009, 20% foi de filhos de mães adolescentes. Estamos falando de 8.544 bebês.

(Dados retirados do Estudo sobre as políticas públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil: um olhar especial para filhos de mães adolescentes)

SERVIÇO
Lançamento do Estudo sobre as políticas públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil: um olhar especial para filhos de mães adolescentes
Data: Segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Hora: 16h
Local: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609 Derby – Recife/PE)

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