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Mulheres que sofrem com os cistos ovarianos devem ficar atentas também à pressão arterial. Descubra por quê?

Pele muito oleosa, dificuldades para engravidar e quilos a mais na balança. Pelo menos 10% das mulheres se identificaram com algum desses sintomas. Esse é o número estimado de portadoras da síndrome do ovário policístico, ou SOP, segundo César Eduardo Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo. Como se não fosse suficiente, agora há mais um motivo para esse contingente feminino se preocupar: a hipertensão.

A consultora de comunicação Thuane Paiva, 27 anos, conhece bem essa história. Diagnosticada com a SOP aos 16 anos, ela descobriu a pressão alta por acaso, em exames de rotina realizados em 2010. “Com exceção de pontinhos pretos que transitavam na frente dos meus olhos e que eu associava ao astigmatismo, nunca percebi nenhum outro sintoma da doença”, relata Thuane. Hoje, ela toma medicamentos, faz exercícios físicos, controla a alimentação e mede a pressão uma vez por semana.

O caso de Thuane não é o único em que a hipertensão está associada à SOP. Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte comprovou essa ligação. Os pesquisadores compararam 355 mulheres com mesmo peso e idade, sendo que metade delas tinha a síndrome. Eles descobriram que 18,6% das participantes com o problema apresentavam alterações na pressão. Nas outras voluntárias, a incidência caiu para 9,9%.

O excesso de peso que às vezes acomete quem tem os cistos no ovário já foi genericamente apontado como responsável por esse elo. Mas agora os especialistas investem em pesquisas para desvendar o que de fato está por trás da relação entre os dois distúrbios. Uma das hipóteses mais bem-aceitas pelos médicos é a da resistência à insulina, quando esse hormônio não consegue botar o açúcar dentro das células

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