O amor e o perdão caminham lado a lado. A natureza humana e a nossa tendência para o pecado nos levam a agir de forma contrária à vontade de Deus. Muitas vezes não conseguimos encarar os acontecimentos na visão do amor. O joio que o inimigo semeia entre os filhos de Deus é o desamor e a recusa em dar o primeiro passo para perdoar. O perdão é um ato de vontade. Se não lutarmos para sair de nós mesmos, se não deixarmos de lado o nosso orgulho e formos ao encontro dos nossos irmãos, perderemos tudo e todos. A lei do amor precisa triunfar em nossa vida, em nossa casa, em nossa família. Quantos casamentos, famílias e comunidades cristãs estão chegando ao fim por causa da falta de perdão.É importante que se compreenda de uma vez por todas que o perdão é a chave que nos devolve a unidade e nos conduz a uma vida no amor. Não podemos nos deixar levar pelos ressentimentos. Os nossos sentimentos nos arrastam e nos levam a fazer o que não devemos nem queremos.Ame seu familiar e seu próximo, apesar de todas as brigas que houve entre vocês. Ame apesar das decepções e revoltas causadas por um ente querido que foi injusto com você, que o desprezou, o lesou, o ofendeu, causando prejuízo econômico e ofendendo a sua honra. Ame apesar de seu parceiro, irmão ou melhor amigo ter falado mal de você. Ame, apesar das decepções por causa de herança, terra ou direitos. Às vezes, irmãos e cunhados brigam entre si até por causa do cachorro. O problema com o animal passa, mas fica a decepção, a inimizade, enquanto o cachorro está belo e folgado.Impressionante: no perdão está a raiz de tudo! Derrama, Senhor, sobre cada um de meus irmãos, a decisão de perdoar e amar. Não temos o direito de ficar magoados com as pessoas que nos ofenderam e nos feriram. Não podemos ficar ressentidos e desejar o mal a essas pessoas porque fizeram algo errado. Se agirmos assim, estaremos nos matando. Pois quando não perdoamos, nós estamos literalmente nos asfixiando. Não se trata de ter o direito de não perdoar porque foi o outro que errou. O direito que nós temos é o de viver, não o de morrer. E o ressentimento mata! Mata a alma e o corpo.
Precisamos estar com o coração totalmente aberto para que a graça divina flua abundantemente. É preciso ter a coragem de vencer os ressentimentos, as mágoas, a traição e a raiva. É necessário romper com todos esses sentimentos negativos. Eles geram doença e morte.Seu irmão,Monsenhor Jonas Abib (www.cancaonova.com)