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Rosa, Rosa e mais Rosas

A árvore da peroba rosa, a rosa Ferreira, rosas brancas e os Felipes da Rosa. A peroba gigante enfeitando os montes acomodando os animais, os bugios, os macacos, as aves e tudo mais.

Trabalhosa como que, arrancava o suor dos machadeiros e depois de morta valia mais.

Amargava a boca e dava fome e pra dar conta do recado precisava ser homem.

A rosa Ferreira sem serviçal e sem saber de onde veio.

Os Ferreiras e os Coelhos, naquele meio entre as águas, pisando as rosas brancas e ouvindo de longe a musiquinha do João de Barro.

E a Joaninha lá no galho do pinheirão, na barranca do córrego e ano mais anos e o presente, sem peroba, sem Ferreiras e sem os Coelhos.

Os que não morreram mudaram e os Felipes da Rosa que estão por aí, povoando a cidade, mais sem rosa branca, sem pinheiros e o Joãozinho dependurado na parede triste e não canta mais.

Também sem pinheiro, sem cheiro de rosa branca, só o cheiro de gasolina e muita prosa.

E o vai e vem dos pescadores que não existe mais, rio abaixo, rio acima, descalços e pisando as rosas brancas

A conversa está boa, mas acho bom parar, porque no meio de tantas rosas, a gente pode se machucar e a vontade também faz a gente ter vontade de chorar.

É bom ver se, do resto das rosas, conseguimos um buquê grande e bonito para colocarmos aos pés de Nossa Senhora Aparecida.

Pedindo sua interseção a Jesus e ao Divino Pai Eterno para que nos abençoe e que em 2010 tudo em Tocos do Moji pareça um mar de rosas. E a manutenção deste mar cabe a todos nós tocosmojiense, a cada um uma parcelinha dos mandamentos da lei de Deus.

Afonso José de Jacinto- Tocos do Moji

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