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Vigilância em Saúde divulga primeiro boletim epidemiológico de Borda da Mata

A vigilância epidemiológica é “o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Portanto, a informação em saúde é um instrumento estratégico e o ponto de partida para muitas ações, assumindo um importante papel, o de servir de base para diagnóstico e planejamento, visando a (re)organização de serviços, sejam assistenciais, preventivos ou de cura/reabilitação.
Em Borda da Mata, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s) predominam: com um total de 2.784 hipertensos e 800 portadores de Diabetes Melitus. Os portadores de transtorno Mental correspondem a 127 pessoas.
Em 2015, de acordo com o SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Borda da Mata registrou 81 doenças ou agravos, sendo: 31 notificações de violência interpessoal/autoprovocada, 28 atendimentos anti rábico humano, seis intoxicações exógenas, seis acidentes de trabalho graves, dois acidentes por animal peçonhento, dois casos de tuberculose, sendo uma pulmonar e uma extra pulmonar, um caso de meningite, um surto de varicela e uma hanseníase.
Já em 2016, foram 120 agravos notificados, sendo estes: 34 violências interpessoal/autoprovocada, 32 atendimentos anti rábico humano, 17 acidentes de trabalho graves, 15 intoxicações exógenas, 14 acidentes por animal peçonhento, cinco hepatites virais, uma tuberculose, uma caso de sífilis em gestante e uma toxoplasmose.
Neste ano, até 30/06/2017, há 39 casos notificados, dos quais: 12 atendimentos anti rábico humano, nove violências interpessoal/autoprovocada, seis intoxicações exógenas, quatro acidentes por animal peçonhento, dois acidentes de trabalho grave, uma tuberculose, uma toxoplasmose, uma meningite viral, uma caxumba, uma coqueluche e uma febre amarela (descartado).
Em relação à Dengue, em 2015 foram notificados 92 casos, dos quais 44 deram positivos, ou seja, 47,83%. Em 2016 foram notificados 30 casos e somente três foram confirmados, todos importados (Belo Horizonte, Varginha e São João del Rey). Em 2017, até 31/07/2017 foram notificados quatro casos, sendo um positivo (autóctone – Sertãozinho).
Quanto ao perfil de Morbimortalidade (refere-se à incidência das doenças e/ou dos óbitos numa população), predominam as doenças causadas pelo Sistema Circulatório, seguida das doenças do aparelho respiratório, neoplasias, causas externas, doenças do aparelho endócrino e doenças do aparelho digestivo, respectivamente.
Segundo dados extraídos do Sistema de Mortalidade, em 2015 tiveram três óbitos de mulheres em idade fértil, um óbito fetal e três óbitos infantis. Comparado com 2016, foram 05 óbitos de mulheres em idade fértil, um óbito fetal e dois óbitos infantis (09 meses e 11 meses). Já em 2017, até 31/07/2017, foram 02 óbitos de mulheres em idade fértil, um óbito fetal e um óbito infantil (07 meses).
Em relação às autorizações para internação hospitalar, predominam as relacionadas à gestação, parto e puerpério. Na sequência vêm as neoplasias, doenças do aparelho circulatório, doenças do aparelho digestivo, intoxicação exógena e causas externas, aparelho respiratório e aparelho geniturinário.

Ações de Promoção e Proteção à Saúde frente ao Perfil Epidemiológico:

Diante do cenário epidemiológico, notou-se a importância de ações educativas para com a população bordamatense, principalmente no que diz respeito aos hábitos de vida saudável, prática de atividades física, cultura da paz e necessidade de criação de um centro de zoonoses no município (alto número de atendimentos anti rábico humano, principalmente por ataques de cães de rua).
O município já conta com a ação de 06 equipes de Estratégia de Saúde da Família atuantes incessantemente nas condicionalidades de saúde da população, um pólo de Academia da Saúde, uma equipe de Vigilância em Saúde (Epidemiológica, Ambiental e Sanitária) e uma equipe de Atendimento às Urgências e Emergências municipais. No entanto, no que diz respeito a zoonoses, ainda não tem no município e acaba ficando a cargo da Vigilância Sanitária responder por estas questões, visto ser o fiscal sanitário, Médico Veterinário.

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