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Atendimento em tempo adequado será obsessão da nova gestão na Saúde do Governo Dilma

Em seu primeiro discurso como ministro da Saúde, Alexandre Padilha defendeu que a Saúde ocupe lugar no centro da agenda de desenvolvimento do País

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em seu discurso de posse disse que uma das suas prioridades de gestão será garantir o atendimento de qualidade à população e em tempo adequado para o tratamento do paciente. Na cerimônia realizada na tarde desta segunda-feira (3) a um público de ministros, ex-ministros, parlamentares, autoridades do setor, servidores e familiares, Padilha também reforçou que trabalhará na promoção da saúde e na prevenção de doenças, itens que compõe os pontos para a saúde determinados pela presidenta Dilma Rousseff.

“A grande reclamação das pessoas é exatamente o não acesso, a demora, a espera. Tenho como ministro da Saúde uma obsessão: colocar no centro do planejamento das ações em Saúde neste País um esforço de perseguir a garantia do acolhimento de qualidade em tempo adequado às necessidades das pessoas”, afirmou o ministro Padilha, durante a cerimônia em que recebeu formalmente o comando do Ministério pelas mãos de seu antecessor, José Gomes Temporão.

Padilha propôs a definição de um indicador nacional sobre a qualidade do acesso aos serviços de saúde e a definição de um mapa nacional das necessidades em saúde, que auxiliasse o monitoramento da situação em todo o País.

O novo gestor do Ministério da Saúde convocou ainda sua equipe, secretários municipais e estaduais, prefeitos, governadores e sociedade “Nós temos plena consciência da importância do SUS, mas temos o sentimento de que a Saúde não está no centro da agenda de desenvolvimento deste País. Este é um desafio para todos nós”.

Na avaliação do ministro Padilha, a própria presidente da República, Dilma Rousseff, já deu demonstrações claras de que a Saúde será uma prioridade do governo federal ao incluir em seu discurso de posse a consolidação do Sistema Único de Saúde como prioridade.

Ao novo ministro da Saúde, a presidente da República fez quatro pedidos formais. O primeiro deles é uma atenção à Saúde da Mulher e da Criança, o que inclui a constituição da Rede Cegonha – que leva em conta os cuidados desde a gestação até os primeiros anos de vida da criança – e um esforço de prevenção, reabilitação e cuidado relacionado ao câncer de mama e de colo de útero.

A presidente Dilma Rousseff incumbiu o ministro Padilha ainda de oferecer por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, além de um cuidado prioritário em relação à implantação de UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento 24 Horas) em todo o Brasil, sem deixar de lado a importância da formação e fixação de profissionais.

“Implantar UPAs sem perder a dimensão da promoção da saúde e da atenção atenção primária. Implantar UPAs não significa um descompromisso com o esforço da promoção da saúde, nem negligenciar ou abandonar equipamentos de saúde que estados e municípios já tenham”, disse o ministro Alexandre Padilha.

Um esforço nacional de mobilização contra a dengue, assim como o enfrentamento ao crack também estarão em evidência na pauta da nova equipe que compõe o Ministério da Saúde. “Esse não é um desafio só da área da Saúde, envolve outros segmentos. Mas se a Saúde não liderar, não protagonizar as ações de prevenção, de tratamento, de reabilitação, reinserção social, vamos perder a oportunidade de interromper o avanço desse problema”, afirmou o ministro.

O NOVO MINISTRO DA SAÚDE –  Médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP, Padilha coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que foi também coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde. Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Nomeado ministro de estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em setembro de 2009, Alexandre Padilha já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 e a posse como ministro.

Membro do PT, Alexandre Padilha integrou a coordenação das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (1989 e 1994) e de Dilma Roussef (2010).

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