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8 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Meu filho tem colesterol elevado. Como ajudar?

Para evitar complicações futuras, médicos recomendam que crianças a partir de 10 anos controlem o peso e monitorem o colesterol

Foi-se a época em que criança gordinha era sinal de saúde. Já é de conhecimento geral que a obesidade pode atingir os mais novos, elevando os níveis do colesterol – um grave fator de risco para doença aterosclerótica. O que os pais precisam saber é que crianças e adolescentes mais magros também podem ser suscetíveis a esse mal.

 

Via de regra, para manter o colesterol nos níveis normais, alimentação adequada e o incentivo à prática de atividades físicas são fundamentais e devem fazer parte da rotina dos jovens. Entre as dicas de alimentação, está a escolha por carnes mais magras, evitando alimentos amanteigados, embutidos, doces cremosos, queijos amarelos, peles de aves; a substituição de frituras por assados, molhos calóricos pelas suas versões light, leite e iogurtes integrais por desnatados e a manteiga pela margarina cremosa. Fontes com informações sobre o preparo de alimentos saudáveis não faltam.

 

Porém, a obesidade e o sedentarismo não são os únicos responsáveis pela dislipidemia – que é o aumento do colesterol e dos triglicerídeos no sangue. Segundo o cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, professor livre-docente em Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP e diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), a dislipidemia em jovens, na maioria das vezes, decorre de doenças genéticas, como a hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HF) ou a hiperlipidemia familiar combinada (HFC). “A HFC acomete cerca de 1 em cada 20 pacientes jovens infartados. Já a HF, embora afete 1/500 pessoas da população geral, na família acometida pela doença a prevalência é de 1 em cada 2 indivíduos deste núcleo familiar”, informa o especialista.

 

O perigo está no fato do aumento do colesterol não apresentar sintomas, sendo somente verificado por meio do exame de sangue. Por este motivo, sempre é recomendável que, além de manter o peso em níveis ideais, crianças a partir de 10 anos verifiquem o colesterol para evitar complicações futuras. “Em crianças que possuem histórico de doenças cardíacas precoces na família (geralmente antes dos 55 anos em familiares de primeiro grau) ou colesterol alto, a medição do colesterol deve ser feita logo aos dois anos de idade”, alerta Santos.

 

Segundo diretrizes da Associação Americana de Cardiologia, meninos com mais de 10 anos e meninas após a menarca portadores de HF devem iniciar tratamento medicamentoso para reduzir o colesterol quando as taxas de LDL (o colesterol ruim) estiverem acima de 190 mg/dL ou 160 mg/dL, se estiverem associadas a outros dois fatores de risco ou a histórico familiar de doença cardiovascular. A meta é reduzir o LDL para 130 mg/dL, sendo que o ideal seria mantê-lo em 110 mg/dL. Dentre as opções existentes para o tratamento medicamentoso no combate ao colesterol está o Lípitor (atorvastatina), a estatina com o maior número de evidências científicas, que comprovam seus efeitos na redução significativa do risco de eventos cardiovasculares e na diminuição em 39% a 60% dos níveis do colesterol ruim (LDL c).

Santos reforça que, na maioria dos casos, a dislipidemia na infância e adolescência deve ser tratada com mudança nos hábitos alimentares e atividade física. Porém, a necessidade de tratamento medicamentoso sempre é ponderada pelo médico. “Não há dúvidas de que a redução do colesterol com o uso de estatinas é uma das armas mais eficientes para evitar a doença aterosclerótica. Entretanto, somente o médico pode avaliar em qual situação se deve iniciar o tratamento farmacológico para o controle das dislipidemias em crianças e adolescentes”, conclui.

 

08 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Para incentivar cuidados com a saúde e ações preventivas a fim de contribuir com a qualidade de vida de adultos, jovens e crianças, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) criou o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do controle do colesterol e as formas de prevenção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças cardiovasculares matam 300 mil pessoas por ano no Brasil. Segundo a SBC, 50% dos ataques cardíacos poderiam ser evitados se os níveis de colesterol fossem controlados. Atualmente, 40% dos brasileiros têm colesterol elevado, mas menos da metade trata o problema.

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Pfizer

Fundada em 1849, a Pfizer é uma das mais completas e diversificadas companhias do setor farmacêutico. Presente em mais de 150 países, a empresa está no Brasil desde 1952. Melhorar a saúde e proporcionar bem-estar fazem parte da missão da Pfizer ao descobrir, desenvolver, fabricar e comercializar medicamentos de prescrição, genéricos e de consumo para Saúde Humana e Animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Rapamune, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil e a vacina Prevenar. A Pfizer também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação, saúde e sustentabilidade no país.

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