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Atividade esportiva aumenta riscos de transtornos alimentares em pessoas suscetiveis

Estimativas apontam que até 60% dos esportistas (atletas e não-atletas) pode apresentar algum quadro de transtorno alimentar

Endocrinologistas e nutricionistas da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) alertam para a relação entre a prática de atividades físicas e o aumento nas chances do surgimento de transtornos alimentares em pessoas suscetíveis. Pesquisas (K.A. Beals) apontam que até 60% dos esportistas podem apresentar quadros de Tane (Transtornos Alimentares Não Especificados, isto é, sintomas parciais de transtornos alimentares), bulimia e anorexia, afora outros. Tais transtornos atingem atletas e não-atletas. No primeiro grupo, apresentam maior correlação com a busca por melhores desempenhos. No segundo, aparecem relacionados ao controle de peso. Em ambos os casos, sua incidência varia de acordo com a modalidade esportiva praticada – há esportes em que o índice de transtornos é próximo de zero.

 

Artigo da endocrinologista e diretora da Abeso Dra. Claudia Cozer e da nutricionista Dra. Fernanda Pisciolaro aponta que dentre os indivíduos com transtornos alimentares, o exercício físico figura entre os principais métodos para perda de peso – treinos superiores a duas horas; obrigatoriedade em se exercitar, mesmo quando indispostos; e compensações quando ocorre uma maior ingestão calórica estão entre as rotinas desse grupo.

 

Em meio aos atletas, a incidência de transtornos alimentares é maior, sobretudoem mulheres. Esportesque exigem rigoroso controle de peso por categoria (como lutas e fisiculturismo), que expõem o corpo (caso das ginásticas, nado sincronizado, patinação e balé, entre outros) ou de resistência apresentam maior número de participantes com transtornos. Não raramente, esse quadro prejudica a qualidade de vida e desempenho do esportista.

 

 

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