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Cemig intensifica ações de prevenção ao furto de cabos de energia elétrica

Nova lei estadual também pretende coibir prática ilegal

 

A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig precisou desembolsar cerca de R$ 700 mil reais em 2013 para corrigir problemas ligados ao furto de cabos de energia elétrica no estado. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a mais afetada pelo problema, a Empresa gastou R$ 215 mil em medidas corretivas. As ações foram necessárias para regularizar o fornecimento de energia, repor os materiais furtados e implantar equipamentos de proteção para evitar novas perdas. Os itens mais visados pelos infratores são os condutores de energia, transformadores e reguladores de tensão. Para minimizar o problema, a Cemig tem investido em projetos para inibir essa prática ilegal.

 

A principal ação da Cemig nessa área foi o desenvolvimento, em 2013, de um equipamento de proteção dos cabos que alimentam pontos de iluminação. Trata-se de uma placa metálica que impede a quebra da mureta de concreto que dá acesso aos cabos, impossibilitando assim, o furto. A Concessionária já estuda a expansão da utilização do equipamento de proteção, que foi implantado, em caráter de teste, em toda extensão do viaduto José de Alencar, que fica sob a Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha.

 

De acordo com o engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Gleiston Bianch Andrade, os equipamentos apresentaram excelente desempenho na fase de teste. “Não registramos furtos de cabos nos locais em que as placas metálicas foram instaladas, o que atesta a sua eficácia. O viaduto José de Alencar era o local com maior incidência de furto de cabos em Belo Horizonte, quadro que foi revertido com a utilização do equipamento. Por isso, o objetivo é expandir esse uso, observando sempre os locais que registram mais ocorrências de delitos desse tipo”, explica.

 

Reforço no combate

 

Além das ações de prevenção já adotadas pela Cemig, uma nova lei, sancionada neste mês, pretende coibir o furto e a receptação de cabos de energia, transformadores e outros itens feitos de metal. A Lei 21.138, de 2014, estabelece que empresas de ferros-velhos, sucatas, reciclagem e recuperação de materiais metálicos fiquem obrigadas a emitir nota fiscal de entrada de mercadoria a cada operação de compra. A norma também prevê que os desmontes mantenham cadastro atualizado de fornecedores, abrangendo, inclusive, os casos em que os produtos tenham sido adquiridos mediante permuta.

 

Segundo o engenheiro Gleiston Bianch Andrade, a nova legislação pode ajudar a inibir o furto de cabos de energia elétrica. “Com a obrigatoriedade do cadastro de fornecedores e da emissão de nota fiscal, é possível ter conhecimento não só dos envolvidos no processo, mas da procedência dos materiais. É preciso que exista uma fiscalização efetiva desses documentos para possibilitar, de fato, a redução das ocorrências de furto de cabos”, afirma.

 

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