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Dia Internacional da Mulher, um dia como outro qualquer?

Hoje pode ser um dia especial, mas também pode ser um dia como outro qualquer.  Compete a você decidir. Afinal, por um lado, o sol, as montanhas, o céu e o mar estão em seus respectivos lugares, comportam-se de acordo com as leis da natureza, ignoram nosso calendário. Hoje, contudo, também é o Dia Internacional da Mulher – uma lembrança da ONU para que a raça humana acelere o progresso de busca da Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres em todo o mundo.

 

Compete a nós, então, decidir se agiremos como em um dia qualquer ou se nos identificaremos com a causa da mulher. O melhor, claro, é que nos identifiquemos com a causa da mulher todos os dias. Neste caso, além de dar os parabéns às mulheres pelo “seu dia”, oferecer-lhes flores, bombons e mimos – sempre bem-vindos, mas fugazes -, talvez possamos refletir no que podemos fazer para ajudar de forma concreta a realizar o objetivo. Diariamente testemunhamos manifestações de violência contra mulheres e meninas nos mais diversos contextos sociais, culturais e econômicos. Achamos que é o Estado, ou genericamente, “eles”, quem deve enfrentá-las, quando na verdade, quem pode e deve fazer algo para mudar o quadro somos você, eu, cada um de nós.

 

O Estado deveria, sim, fiscalizar a violência contra a mulher, mas compete ao homem comum ajudar denunciando ativamente quando presenciar uma mulher sendo explorada ou agredida, sendo assediada no trabalho, sendo preterida não por sua competência ou qualificações, mas pelo seu sexo. Compete a cada um de nós não só tratar as mulheres com respeito e consideração, mas fiscalizar para que outros também o façam.

 

Homens e mulheres somos diferentes. Dizer o contrário é balela. Uns são fisicamente mais fortes, mas emocionalmente mais fracos. Há diferenças anatômicas e há diferenças intelectuais – o segredo está em entendê-las e respeitá-las. Então a você que nasceu homem, mas tem uma mãe e certamente terá filhas, ou netas, que serão mulheres, eu faço um desafio: da próxima vez que testemunhar uma mulher sendo desrespeitada pelo simples fato de ser mulher, em vez de ficar quieto ou fingir que não é com você, tenha coragem e apresente-se em sua defesa. Dessa forma, você estará construindo um legado, criando a sua corrente do bem para fazer de nosso mundo, um lugar onde as mulheres sejam respeitadas e tratadas como merecem. E não se esqueça das flores e dos bombons, que afinal, ninguém é de ferro.

 

* Claudio Nasajon é empresário, presidente da Nasajon Sistemas  e professor da PUC-Rio (www.claudionasajon.com.br).

 

 

 

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