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Estudante Maria Fernanda do Colégio Nossa Senhora do Carmo em Borda da Mata fica em 3º lugar no concurso de redação “EPTV na Escola”

O dia 19 de outubro foi de grande emoção para o Colégio Nossa Senhora do Carmo. A aluna Maria Fernanda de Oliveira ganhou o terceiro lugar no concurso de redação promovido pelo canal EPTV. Anualmente, alunos do 9° ano do Ensino Fundamental das redes pública e particular são convidados a participar do concurso de redação, que, além de fomentar a pesquisa e a reflexão, também estimula os jovens a demonstrarem seu talento na arte da escrita.

A 22ª edição teve como tema “Pandemia da Intolerância” e contou com a participação de alunos de 100 cidades da região. Foram 483 redações semifinalistas que passaram pela leitura e avaliação dos jurados.

O título da redação foi “A manifestação do etarismo na pandemia”.  Em seu texto, Maria Fernanda faz uma reflexão sobre  a discriminação contra pessoas com idade avançada, que foi acentuada na pandemia.  Algumas técnicas utilizadas pela aluna para garantir uma boa classificação na redação foram seguir o tema proposto, apresentar informações com clareza, utilizar uma linguagem adequada e não ter erros de português. A aluna contou com as orientações da professora Karina de Cássia Marques Costa.

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 23 de novembro em Santa Rita do Sapucaí.

 

 

Confira a Redação de Maria Fernanda:

 

TEMA: “PANDEMIA DA INTOLERÂNCIA.”

Nome: Maria Fernanda de Oliveira

Cidade: Borda da Mata/MG

Escola / Cidade / Fone: Colégio Nossa Senhora do Carmo – Borda da Mata/ MG – (35) 3445- 1375

Professor / Turma: Karina de Cássia Marques Costa – 9° ano.

Título da Redação: A manifestação do etarismo na pandemia

 

Na atual conjuntura, a intolerância está em estado crescente, se destacando, principalmente, durante a pandemia do COVID-19. Essa óbice em nossa sociedade faz com que haja a falta de compreensão ou aceitação de determinados grupos. Isso vem se mostrando evidente com os idosos, os quais sofrem com o etarismo.

Esse é um preconceito etário, no qual se é aproveitado da vulnerabilidade de idosos para tomar-lhes a liberdade de suas convivências e desconsiderar suas vontades. Robert Neil Butler, médico, psiquiatra e primeiro diretor do Instituto Nacional de Envelhecimento, descreve o etarismo como “um processo de estereotipação sistemática e discriminação contra pessoas por elas serem velhas”.

Na antiguidade, os idosos eram desprezados por serem considerados fardos. Entretanto, o abandono moderno se manifesta na falta de subsistência e afeto. Caracterizado pela indiferença, este fenômeno social se manifesta, de modo mais aparente, com a violência emocional, a qual impede que pessoas mais velhas, limitadas por suas condições físicas, possam exercitar seus direitos livremente.

Os confinamentos intensificaram a discriminação por causa da convivência familiar em tempo integral. Em um ambiente hostil, o ancião se encontra sujeito a fatores de risco, como a danos a sua dignidade constantemente. Segundo o Disque 100, do Ministério da Mulher, Família, e Direitos Humanos, o número de denúncias de violência contra o idoso cresceu 59% durante a pandemia.

O etarismo, termo raro em nosso vocabulário, deveria ser mais repercutido, de modo a conscientizar a população a respeito deste empecilho em nossa sociedade. É necessária uma estrutura melhor de responsabilização civil do intolerante e políticas que ofereçam uma boa qualidade de vida ao idosos, a fim de que o direito ao envelhecimento seja cumprido.

 

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