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Formato dos estaduais precisa ser revisto para desafogar calendário do futebol brasileiro

Estrutura atual compromete muitas datas e força grandes clubes a número excessivo de jogos, comprometendo o espetáculo

 Foram dois dias de intensas discussões sobre o calendário do futebol brasileiro e suas implicações para a boa gestão dos clubes, seja ela referente à saúde financeira ou às questões relativas ao campo, como a preparação dos jogadores. O tema foi abordado na segunda e terça-feira (25 e 26) no seminário “Calendário do Futebol Brasileiro”, promovido pela Brasil Sport Market (BrSM), fórum permanente organizado pela Trevisan Escola de Negócios e Pluri Consultoria.

“Acadêmicos, dirigentes, jogadores, mídia, enfim, todos os profissionais presentes no evento ajudaram a definir alguns consensos. E o principal deles é que os estaduais precisam se adequar à nova realidade do futebol brasileiro”, afirma o diretor da Trevisan Escola de Negócios, Fernando Trevisan.

Alguns defendem a extinção desses campeonatos, outros defendem a manutenção em novos moldes. Mas o que todos concordam é que eles já não podem mais comprometer 23 datas do calendário anual.

Outros pontos consensuais são uma pré-temporada mais adequada, com pelo menos quatro semanas; preservação das datas em que há jogos da seleção (as chamadas datas FIFA); garantia de quantidade razoável de jogos aos clubes pequenos e, por outro lado, redução do número de partidas dos times grandes. “Atualmente um time de ponta chega a jogar 70 partidas na temporada, quando o ideal é que não passe de 55”, explica Trevisan.

Os especialistas também concordam que o calendário brasileiro precisa se alinhar ao calendário mundial, mas concordam que essa é uma discussão secundária. “Precisamos antes de tudo garantir que os jogos e os campeonatos em que os times brasileiros estão envolvidos caibam dentro de 365 dias, contemplando ainda as férias dos jogadores e a pré-temporada. Somente assim poderemos preservar os atletas, evitando as recorrentes contusões e privilegiar o espetáculo, para que o público volte a frequenter os estádios”, aponta Trevisan. “Dessa ação depende o futuro do futebol brasileiro, se realmente quisermos nos posicionar entre as principais ligas do mundo”.

Durante o seminário foram apresentadas seis propostas de reformulação do calendário, selecionadas entre cerca de 70 enviadas à organização do evento. Participaram ainda do debate o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, o diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, o gerente executivo de futebol do Botafogo, Sidnei Loureiro, o diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcelos, o jogador do Corinthians, Paulo André, o presidente do jornal Lance!, Walter de Matos Junior, o presidente da Universidade do Futebol, João Paulo Medina, os jornalistas Paulo Calçade e Paulo Vinícius Coelho (o PVC) da ESPN e Paulo Massini da CBN, e os especialistas Amir Somoggi e Luiz Filipe Chateaubriand.

BrSM – A proposta do Brasil Sport Market (BrSM) é contribuir objetivamente para o desenvolvimento do esporte nacional. A iniciativa visa ampliar a discussão dos temas relevantes aos desafios do mercado esportivo brasileiro; aproximar profissionais, empresas e instituições, proporcionando aumento da qualificação profissional; assim como abrir espaço para o debate de idéias, apresentação de produtos e serviços, intensificando o intercâmbio de propostas e networking.

A Trevisan Gestão do Esporte oferece soluções integradas para o mercado esportivo, envolvendo formação e capacitação, consultoria, pesquisas aplicadas, desenvolvimento de carreiras, publicações e eventos.

A PLURI Consultoria atua nas áreas de pesquisa de mercado, marketing, gestão e governança esportiva e valuation de atletas, assim como em consultoria econômica e de inteligência de mercado.

 

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