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Itajubá quer casa abrigo para mulher vítima de violência

Itajubá (Sul de Minas) necessita, entre outras ações, da criação de uma casa abrigo e da ampliação de pessoal para atendimento aos casos de violência contra a mulher, principalmente, psicólogos e psiquiatras. Essas foram as principais constatações da reunião realizada no município pela Comissão Especial da Violência contra a Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta sexta-feira (15/6/12).

A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Itajubá, Karyna Tribst de Campos, destacou que a cidade foi a primeira no Estado a criar, em 2009, um Núcleo de Defesa das Mulheres em situação de violência (Nudem). O núcleo reúne, num só local, a Delegacia Especializada, a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica da Polícia Militar e a Defensoria Pública. Esse trabalho é fruto de uma parceria entre esses órgãos e que conta, ainda, com o Ministério Público e o Poder Judiciário locais.

Mesmo com essa estrutura, que provê um atendimento mais ágil e eficaz, Karyna Campos avaliou que faltam ainda alguns aparatos para que gargalos sejam superados. Ela reivindicou a criação da casa abrigo, fundamental para que a mulher denunciante, quando tiver sua vida ameaçada, possa pernoitar ou ficar por mais dias nesse local. A delegada reforçou que, em muitas situações, teve que sair da cidade à procura de um local para mulheres agredidas e ameaçadas por seus maridos. Karyna também solicitou a contratação de psicólogos e psiquiatras para acompanhar a mulher após o registro da ocorrência.

Medidas protetivas –
A coordenadora da Defensoria Pública no município, Jacqueline Carneiro Roque Peyrer, informou que o Nudem atende a todos os municípios da comarca de Itajubá. Desde 2009, 385 medidas de proteção foram instauradas na cidade, a maioria proposta pelo núcleo. Só em 2011, foram atendidas 284 mulheres vítimas de violência. Ela também pediu a contratação de psicólogos e a instalação da casa abrigo. Segundo Jacqueline, do total de atendidas, cerca de 10% necessitariam do amparo na casa abrigo.

 

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