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SEMANA SANTA E OS FERIADOS

Aproximam-se os feriados. Com a semana santa iminente salientam-se duas categorias de pessoas. Aquelas que permanecem em suas cidades por motivos diversos e as que vêem esses dias como uma oportunidade imperdível para realizarem viagens, irem à praia, colônia de férias e mil outras opções de diversão.         Para quem pode, paira uma excitação no ar: a corrida ao supermercado, o carro abastecido, dias felizes na praia, no sítio ou na casa dos familiares. Para os que ficam o mais importante é curtir a vida, aproveitar e entregar ao ócio do feriado.            No entanto, somos a maioria cristãos. Cristãos avulsos, sem vínculos paroquiais ou comunitários. A semana santa para os cristãos é uma grande oportunidade de aprofundar o mistério pascal. Neste feriado ou nesta miniférias de abril vamos encaixar na nossa agenda os fatos históricos celebrados pela Igreja na semana santa e compreender o sentido e a teologia desta semana que nós chamamos de Santa.            A tradição do povo quis recordar os últimos acontecimentos históricos de Jesus de Nazaré. Não se trata apenas de recordar fatos passados, mas de um memorial que deve ser atualizado pelos fiéis. A semana santa é o encontro com Cristo-Ressuscitado; nas celebrações litúrgicas, na sua palavra e na pessoa dos irmãos da comunidade. As celebrações religiosas são a recordação dos últimos acontecimentos da vida terrestre de Jesus de Nazaré. Cada dia da semana é um fato a ser recordado e atualizado.            Trata-se da celebração do mistério Pascal na sua globalidade, sem fragmentação, embora cada dia seja dedicado a um dos aspectos particulares. Havia e ainda há o perigo de romper a unidade do mistério, separando excessivamente a celebração da morte da celebração da eucaristia. A leitura de episódios dos evangelhos pode ter uma repercussão nefasta sobre o total da celebração litúrgica e na vida de cada um de nós.            A liturgia da Semana Santa não é um simples jogo de representação teatral, mas atualização no mistério Pascal que não pode ser fragmentado.            Vamos neste período celebrar o mistério pascal e dar um sentido místico e muito proveitoso ao feriado.

Cônego Édson Oriolo

Pouso Alegre

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