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“Nós estamos fazendo muito bem nossa parte” é o que diz o prefeito de Senador José Bento Flávio sobre o problema do desvio da BR 459 por seu município

 Sobre a questão do desvio do asfalto da BR 459, por dentro do município de Senador José Bento e tem causado transtorno a população, o prefeito Flávio de Souza Pinto diz que o que compete a Prefeitura fazer para amenizar o problema, ele tem feito. “É bom explicar ao povo que a BR 459, interditada, é uma rodovia federal e compete somente ao DNIT solucionar o problema o mais rápido possível. Nós estamos insistindo para que o DNIT resolva o problema e graças ao nosso trabalho persistente, desde o início dos problemas, é que o DNIT está arrumando a estrada de terra, através da empresa Sagendra, agilizando a liberação da BR 459 e ainda vai recuperar o asfalto das avenidas danificadas dentro do perímetro urbano. O que compete ao município que é cobrar do DNIT, com inúmeros ofícios, estamos fazendo e graças a Deus estamos sendo atendidos e em breve, esse transtorno vai acabar” frisa o prefeito Flávio.

Veja os ofícios, o último que o prefeito enviou ao DNIT e a resposta do DNIT ao prefeito, provando que a Prefeitura está atenta a este problema que o DNIT causou a Senador José Bento.

 

Gabinete do Prefeito Municipal

Oficio n° 112/2011

 Data: 10 de outubro de 2011-10-19

 Ilma. Sr.ª

 Lídia Biaso Bacha Martins

 DD. Engenheira Supervisor

 DNIT – Unidade Local

 Pouso Alegre/ MG

 Senhora Engenheira,

 Venho pelo presente, solicitar deste Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, a especial atenção quanto aos inúmeros e graves problemas vivenciados no Município de Senador José Bento,conforme segue.

 Como se sabe, a BR 459 está sendo reestruturada, com várias obras viárias no trecho que corta o Município de Senador José Bento. No decorrer das obras, o trânsito fluía apenas num sentido, em sistema de revezamento, concomitante com a execução das obras.

 Há mais de quarenta dias, detectou-se o comprometimento de uma encosta, num barranco às margens da rodovia, por conta da forte alteração topográfica. Desde então a rodovia encontra-se interditada. Assim, todo o trânsito da BR 459 foi transferido para Senador José Bento, seguindo por doze quilômetros em estrada municipal não pavimentada, passando por vias urbanas da cidade, continuando por meio da Rodovia MG Felício Pascoal, até o entroncamento com a BR 459.

 Inúmeros e graves transtornos vêm ocorrendo, desde então. É fácil perceber que a estrutura da estrada rural, de terra, apenas cascalhada, bem como as ruas da cidade, não possuem estrutura adequada para comportar o pesado trânsito de veículos da BR 459, que é uma das rodovias mais importantes do Sul de Minas.

 A população tem sofrido com o excesso de veículos e com os riscos causados pelos transtornos. Muitos acidentes já ocorreram e, infelizmente, outros acontecerão, pois a estrutura das vias utilizadas não consegue atender a demanda de transporte.

 Cumpre relatar algumas das dificuldades e prejuízos vivenciados pelo Município diante desta dura realidade.

 A estrutura viária do Município, que era adequada apenas às necessidades locais, não está comportando o excesso de veículos e a sobrecarga de peso. Toda a estrutura viária existente está se acabando com calçamento deteriorado, base e cascalho comprometidos, asfalto se desfazendo e até uma ponte, localizada sobre o Rio Cervo, está dando sinais de comprometimento.

 A Avenida Ângelo Belli, que passa por nossa cidade, está destruída. Assim, como a estrada do Bairro Água Parada, bem como o trecho pavimento em bloquetes, no núcleo do referido bairro. A rede de água e esgoto localizadas sob as vias estão totalmente danificadas, causando diversos prejuízos, comprometendo o serviço de abastecimento.

 As pessoas que residem nas margens da estrada já não suportam mais os transtornos causados pelos veículos pesados, pela alta velocidade e pela poeira intensa, causando-lhes problemas de saúde. Muitas casas estão com a estrutura abalada. Para piorar a situação, com o período chuvoso, a estrada fica intransitável, com enormes carretas encravadas, demandando situações emergenciais para as quais a Prefeitura não tem infraestrutura de atendimento. Muitos veículos têm ficado presos na estrada, impedindo o acesso local das pessoas do Bairro e da cidade. Com isto, o transporte escolar, o escoamento da produção leiteira e até mesmo o transporte escolar, o escoamento da produção leiteira e até mesmo o transporte de pacientes ficam impossibilitados. Já não é mais possível socorrer os inúmeros veículos que ficam presos na estrada, mas a Prefeitura se coloca numa situação extremamente difícil, diante da necessidade de se reestabelecer o trânsito, o acesso, os serviços públicos e a comunicação.

 A situação, que já é crítica, está se agravando com o início do período chuvoso. A cada chuva o Município e sua população tem enfrentado uma situação para a qual ele não possui condições de atender. Alunos, pacientes doentes, funcionários da fábrica da cidade, pessoas da comunidade, todos ficam prejudicados. A frota e o pessoal da Prefeitura já não conseguem mais atender a tantas demandas, devido estes duros transtornos do qual o Município passou a ser vítima.

 Agregue-se ao fato, que a estrada municipal, antes da interdição da BR 459, estava em ótima situação, pois havia passado por uma ampla obra de recuperação. Hoje, a situação financeira da Prefeitura, diante da queda significativa do FPM, não possibilita que as obras de recuperação sejam refeitas, ampliando a necessidade de auxílio por parte do DNIT.

 Diante de tantos problemas, as organizações da sociedade civil local e toda a população, bem como a Câmara de Vereadores, têm cobrado uma ação mais eficaz da Prefeitura. De modo que o Prefeito Municipal tem sido intensamente penalizado e prejudicado pela ausência de solução por parte do DNIT.

 Até o momento, no que pese a gravidade da situação, bem como os diversos contatos realizados com o DNIT, nenhuma situação foi adotada. A construtora contratada acelerou o andamento das obras, aproveitando-se da interdição da rodovia, mas nenhuma ação foi realizada no barranco que gerou toda esta situação.

 O ritmo das obras ampliou significativamente com a interdição Obviamente, com a rodovia sendo utilizada, com passagem de veículos concomitante com a execução das obras, a produtividade das máquinas e do pessoal era bem inferior. Daí é fácil perceber porque a empresa contratada, bem como o DNIT, não ter tomado providencia alguma até o momento. Até o contrário, transferiu-se o problema para o Município, ao passo que diminuíram os transtornos à empresa, a qual tem contado significativamente com ganhos de produtividade.

 O Município, desde o início, tem cooperado com as obras de reestruturação da BR 459, fazendo tudo que está ao seu alcance para colaborar com a questão. Com a interdição, a Prefeitura se dispôs imediatamente a disponibilizar o desvio, pensando se tratar de uma situação de urgência e de curto prazo. Porém, devido a esta cooperação, o Município tem pagado um preço muito alto, com elevado custo econômico, social e político. A administração municipal tem sofrido não só pela necessidade de atender às emergências, bem como pela incompreensão dos usuários da rodovia e pela população local, que já não suporta mais esta situação.

 Pelo que, solicita que seja assegurado ao Município a recuperação de um Km de asfalto no trecho urbano prejudicado. Que seja realizada a recuperação de doze Kms de estrada vicinal que estão sendo destruídas; bem como que seja fornecida 200 horas de máquina para efetuar a retirada de cascalho, a fim de possibilitar a recuperação das vias.

 Para qualquer informação ou esclarecimento adicional, coloca-se a Prefeitura à inteira disposição de vosso gabinete.

 Sendo só o que se apresenta para o momento, renovo protestos de estima e consideração.

 Respeitosamente,

Flávio de Souza Pinto

Prefeito Municipal

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