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A raiz da cura está no perdão

Se você está com sede não basta colocar água na boca e não engolir. Chega um momento em que é necessário engolir. Se não der um gole, você não mata sua sede. Será absolutamente inútil ter água na boca. 

Com a decisão é a mesma coisa. Decidir é uma coisa totalmente pessoal. É você quem decide. Decidir amar, decidir perdoar. Decidir-se por amar, perdoar, fazer as pazes depende de você. Na hora em que se decide, o Senhor lhe dá a graça e a possibilidade. 

A graça vem de Deus. Mas a decisão depende de você. A graça é acionada por sua decisão de amar, de perdoar. Para que você compreenda, explico: é como o padre na hora da Missa. Para converter o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo, é necessário pronunciar as palavras da consagração: “Isto é meu Corpo… Este é o cálice do meu Sangue…”. Cabe ao sacerdote pronunciar as palavras e cabe ao Espírito Santo, com Sua graça, fazer o milagre, para que se tornem presentes sobre o altar o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Se o sacerdote não diz as palavras, não há como o Espírito Santo agir. Na hora em que ele pronuncia essas palavras, o Espírito Santo age e a maravilha de Deus acontece. Um milagre. Com o amor e o perdão é o mesmo: Deus entra com a graça, mas, se não há decisão, não há como a graça de Deus agir. 

É claro que nenhum padre por si só é capaz de mudar a substância do pão e do vinho e nem perdoar os pecados de ninguém. Mas que beleza! Ao pronunciar as palavras, tudo muda pela ação do Espírito Santo. No amor, no perdão é o mesmo: você decide e Deus opera.

Decido-me a perdoar: “Vem, Espírito Santo, arranca do meu interior toda a raiz da amargura, da decepção, da tristeza, do abatimento e do desânimo. 

Quero perdoar minha mãe, meu pai, meus irmãos, minhas irmãs. Quero perdoar meus parentes e amigos. Eu me decido a perdoar. Eu me decido a amar. Derrama, Senhor, sobre mim o Espírito Santo e dá-me a graça de decisão de perdoar, de amar. Quero perdoar a pessoa com quem me casei, apesar de tudo aquilo que fez. Quero perdoar todas as pessoas que agora vêm a minha mente. Aqueles que me prejudicaram e me ofenderam, falavam mal de mim, de minha família… Derrama, Senhor, Teu Espírito Santo, para que meu coração seja profundamente curado e que eu possa dizer com a vida: “eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer, sozinho eu não posso mais…” Eu me decido a amar. Eu me decido a perdoar. Onde há vontade, existe um caminho. Deus espera sua decisão. 

Deus abençoe você!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova e Presidente de Honra da Fundação João Paulo II. É autor de 48 livros, milhares de palestras em áudio e vídeo. Acesse:
www.padrejonas.com / http://twitter.com/padrejonasabib

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