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Altos e baixos – entenda como funciona a bolsa

O investimento mais popular no Brasil é a caderneta de poupança. No entanto, outras opções estão se tornando conhecidas e uma delas é aplicação em ações da Bolsa de Valores. Por causa da instabilidade da situação política, que reflete na economia, o momento é de cautela. Mas, independente disso, para quem tem interesse nessa modalidade de investimento, é importante entender um pouco melhor e descobrir os cuidados que deve ter.

Se já tiver dinheiro investido em outra aplicação, é preciso analisar bem, ver os rendimentos, para saber se vale a pena redirecionar para ações. Isso porque, se ocorrerem mudanças drásticas na situação política ou alguma outra questão importante, pode interferir nos rendimentos das ações, que podem trazer grandes prejuízos, principalmente para quem não é especialista no assunto.

Então, o que são ações?
Uma empresa tem seu capital social dividido em pequenas parcelas chamadas ações. Essa modalidade é indicada para quem quer realizar objetivos de longo prazo (ou seja, acima de dez anos). A BM&FBOVESPA, que é a responsável por essa operação no país, foi criada a partir de uma fusão entre a Bolsa de Valores de São Paulo e a Bolsa de Mercadorias e Futuros. Qualquer pessoa pode comprar e vender ações na bolsa, tornando-se uma sócia da empresa da qual adquiriu uma porcentagem.

É por esse motivo que ressalto a importância da cautela ao resolver entrar nesse universo.  Sabendo que não terá lucro imediato com esse tipo de investimento, tudo fica mais fácil. No entanto, em cinco anos, por exemplo, o retorno financeiro pode ser bem melhor do que em outros investimentos disponíveis no mercado.
Mas, para aqueles que estão se aventurando há pouco tempo nesse tipo de investimento, é interessante conversar com amigos, parentes ou conhecidos que entendam mais do assunto ou, por que não, buscar ajuda de especialistas. O que impede das pessoas investirem seu dinheiro em ações é a falta de informação, o que faz com que eles prefiram aplicar em algo que conhecem mais, como caderneta de poupança, mas que não é boa alternativa quando o dinheiro é para realizar um sonho de longo prazo.

Como podem ser compradas?
As ações podem ser adquiridas de três maneiras: por um fundo de investimento. Cada investidor tem uma cota correspondente a uma porção do total de ações que o fundo tem. Cada fundo tem seu próprio estatuto, que informa suas regras e o grau de risco de seus investimentos. Todo fundo precisa ter um gestor certificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que coordena as compras e vendas de ações. Assim, quando uma pessoa adere a um fundo, deve estar de acordo com sua política de investimento, especificada em seu estatuto.

A segunda é por um clube de investimento, com menos formalidade do que um fundo. Por exemplo: amigos e/ou familiares podem formar um grupo, que pode ser aberto, com pelo menos três pessoas, e chegar até um limite de 150.  Dessa forma, não há necessidade de um gestor certificado pela CVM, mas é preciso ter um representante que dê à corretora a ordem de compra ou venda de ações.

A terceira e última opção é a individual, na qual a própria pessoa controla as ordens de compra e venda de suas ações. Claro que terá auxílio dos consultores da corretora, se precisar de ajuda para escolher as ações que quer comprar.

Sendo assim, aconselho que não tenha receio de investir; busque uma boa corretora e reserve – não mais que 30% – de seu dinheiro para aplicar em ações, pensando sempre na realização de sonhos de longo prazo.

Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

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