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Após proibição do álcool líquido, maio tem 35% mais acidentes com produtos inflamáveis

 

                            Dados do SUS mostram crescimento de acidentes depois da proibição da venda do álcool líquido

 

O número de acidentes provocados pela combustão de substâncias muito inflamáveis – como gasolina, álcool, querosene, solvente, etc. – do mês de maio deste ano teve aumento de 35% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a comercialização do álcool líquido acima de 54º GL era permitida.  Os dados foram divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No País, foram registrados 273 casos de internações no mês de maio, 71 casos a mais do que no mesmo período de 2012, quando o número foi de 202.

“A divulgação desses dados mostra, mais uma vez, a decisão equivocada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu, pela RDC 46, a comercialização do álcool líquido sob alegação de oferecer riscos à saúde pública decorrentes de acidentes por queimadura e ingestão”, declara o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea), José Carlos de Rezende.

Além do crescimento do número de acidentes, outro dado que chama atenção é o aumento dos gastos do SUS, após a proibição. Em maio deste ano o valor foi 50% superior ao registrado no mesmo mês de 2012: R$ 823.451,95 contra R$ 547.782,73.

“Após a proibição as ocorrências cresceram, o que torna fictício o argumento de “risco de queimaduras com a  venda do produto” para restringir a comercialização do álcool líquido acima de 54º GL, uma vez que estão disponíveis no mercado substâncias tão ou mais comburentes, comercializadas de maneira insegura e de fácil acesso dos consumidores, como nos postos de gasolina, por exemplo. É previsível que a incidência de casos de queimadura aumente, pois o consumidor acaba se expondo mais ao risco. A utilização do álcool líquido deve ser feita de maneira responsável, de acordo com as normas de segurança – caso do álcool envasado pelos associados da ABRASPEA – a fim de prevenir acidentes”, declara José Carlos de Rezende.

 

 

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