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Audiência Pública debate inovação tecnológica em Minas

De iniciativa do deputado Dalmo Ribeiro, a reunião também dedicou-se a conhecer o trabalho de fomento à pesquisa realizado pela Fapemig, inclusive, tecnologia desenvolvida para o combate à dengue.

Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada na quarta-feira (17/04) discutiu o desenvolvimento científico do Estado nas áreas de inovação tecnológica. A requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva, a reunião também analisou a situação, em Minas, da pesquisa universal, manutenção de equipamentos, apoio ao pesquisador mineiro, aquisição de livros técnicos científicos institucionais, bolsa de incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico e apoio a projetos de extensão em interface com a pesquisa.

O deputado Dalmo Ribeiro Silva parabenizou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) pela atuação no fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico no estado. “A Fapemig tem contribuído em todas as importantes iniciativas mineiras de desenvolvimento científico. Temos de reconhecer a qualidade e o trabalho dessa instituição e trabalhar pela ampliação e internacionalização das pesquisas que desenvolvemos aqui”, ressaltou.

Segundo o presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, em 26 anos de existência da Fapemig, R$ 2,1 bilhões foram investidos pela Fundação. Anualmente, 3 mil projetos são financiados simultaneamente, 7 mil cotas de bolsas são concedidas e 1.200 eventos na área de ciência e tecnologia são apoiados. “Do nosso orçamento de R$ 350 milhões, R$ 65 milhões serão destinados em 2013 só a bolsas para pesquisadores”, frisou. Ele também explicou que a instituição trouxe R$ 78 milhões de fora de Minas Gerais no ano passado para serem investidos no Estado.

Borges ainda apresentou, durante a reunião, um dispositivo que detecta a existência de larvas do mosquito Aedes aegypti no ambiente e se estas larvas estariam contaminadas com o vírus da dengue. Esta é uma das tecnologias desenvolvidas com o apoio da instituição. A tecnologia, produzida pela empresa Ecovec, é chamada de MI-Dengue e foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela consiste num conjunto de ferramentas que apresenta em tempo real informações de campo, formatadas em mapas de infestação e tabelas de incidência.

De acordo com o presidente da Fapemig, a dificuldade da popularização do serviço está no preço, pois trata-se de uma tecnologia cara. “A Fapemig fez a parte dela, do ponto de vista da pesquisa está concluído. Mas para que esse serviço seja disponibilizado, outros fatores devem ser considerados, como o custo elevado e os vendedores de fumacê, que querem monopolizar a prevenção. A empresa precisaria de apoio para transformar essa tecnologia em serviço de saúde”, explicou. Para discutir o assunto, foi proposta a realização de uma audiência pública com a Comissão de Saúde para conhecer melhor a tecnologia e buscar recursos para sua melhor utilização no combate à dengue.

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