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Brasil tem tudo para alcançar metas de redução de gases de efeito estufa

 

As políticas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa no Brasil já estão tendo resultados e o país tem tudo para atingir a meta de redução de 36% a 38% até 2020. Segundo o professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena/USP), Carlos Cerri, a redução de 52% do desmatamento na Amazônia contribuiu muito para a queda nas emissões de gases. “Apenas com essa atitude o Brasil está saindo do rol dos grandes emissores para se tornar um país com emissões menos importantes do que era até alguns anos atrás”, explicou.

 

Em entrevista ao programa Conexão Ciência de terça-feira (17), Cerri afirmou que com a redução do desmatamento, consequentemente, houve um aumento das outras fontes, sendo que a queima de combustíveis foi maior. No caso da agropecuária, ele acredita que as tecnologias adotadas no setor estão contribuindo também para diminuir as emissões. “O Brasil está cumprindo suas metas porque está adotando práticas em todos os setores como o melhoramento das pastagens, práticas de melhoramento genético do animal, integração lavoura-pecuária-floresta. Tudo isso faz com que o setor agrícola também atue na redução das emissões de gases de efeito estufa”, ressaltou.

 

O professor contou que antigamente o Brasil adotava práticas na agricultura importadas de clima frio, o que não era apropriado para as características do país de clima tropical. Porém, de acordo com ele, há cerca de 20 anos, os produtores têm adotado o plantio direto, contribuindo assim, para a redução da emissão de gases. “As práticas de plantio direto introduzem material vegetal no solo, resíduos vegetais, que pelo processo de decomposição desses resíduos, entra carbono no solo e o solo se torna um recipiente de carbono.” Para Cerri práticas modernas como essa, além de reduzir as emissões ainda incrementam o solo.

 

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