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Comum nos EUA, empresas brasileiras aderem à Programa de Benefício em Medicamentos (PBM)

Vale-alimentação, vale-transporte, área de lazer, academia de ginástica e acompanhamento nutricional estão entre alguns dos benefícios que a Metra, empresa de ônibus de São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, em São Paulo, oferece para mais de dois mil funcionários. Em outras empresas, muitos empregados já estão acostumados a isso tudo também. Mas outro benefício oferecido pela Metra, ainda incomum e pouco difundido no Brasil, é o subsidio para a compra de medicamentos.

 

“O subsídio varia de acordo com o remédio e também de uma farmácia para outra. Especialmente para quem sofre de problemas crônicos de saúde e que necessita do uso contínuo de remédios, o benefício representa uma significativa economia no orçamento familiar”, avalia Maria Beatriz Setti Braga, diretora da Metra. Para usufruir do benefício, basta o funcionário apresentar o seu crachá da empresa no caixa das farmácias credenciadas, no momento da compra.

 

Hoje, no Brasil, de acordo com a PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos), mais de 2,5 milhões de pessoas já recebem este benefício das empresas onde trabalham. “É uma prática muito comum nos Estados Unidos, que já conta com mais de 200 milhões de beneficiários. Aqui, com a adesão de grandes empresas, o PBM começa também a se popularizar e ganhar novos adeptos”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA.

 

De acordo com Maria Beatriz, desde que o benefício passou a ser concedido, foi possível notar uma considerável redução no número de faltas entre aos funcionários da Metra. “Não há números exatos a respeito, mas foi possível perceber essa queda por conta das avaliações que são realizadas por setor dentro da empresa, para as premiações que promovemos entre os nossos funcionários”, afirma a diretora.

 

Há casos em que as empresas arcam com 100% do custo do medicamento, mas a média praticada pelas empresas brasileiras, segundo levantamento realizado pela PBMA, é de 53%. “As empresas estão reconhecendo as vantagens que o benefício traz tanto para o empregado quanto para a própria companhia. Além da promoção da saúde entre os funcionários, há também uma considerável redução nos custos da empresa relacionados à saúde e um notável aumento da sua produtividade”, explica Monteiro.

 

Pesquisas apontam que muitas pessoas não seguem o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico por falta de dinheiro para a compra dos remédios. No ano passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que os gastos com medicamentos estão entre os maiores dos brasileiros na área da saúde. “O PBM é uma solução para esse grave problema que acomete milhões de pessoas, pois facilita o acesso aos medicamentos necessários aos cuidados com a saúde”, conclui o presidente da PBMA.

 

 

Sobre a Metra – Empresa do ABC Paulista com uma frota de 270 ônibus, que transportam cerca de 7,5 milhões de passageiros por mês, pelos 33 km do Corredor ABD (São Mateus-Jabaquara e Diadema-Berrini) – sendo 30 km exclusivos para o uso dos ônibus da empresa. Toda a operação da Metra abrange nove terminais, 110 paradas e 11 linhas que atendem passageiros das zonas Sul e Leste de São Paulo e também das cidades de Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.

 

 

Sobre a PBMA – A Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM foi criada em 2011 pelas quatro maiores empresas do setor: ePharma, Funcional, Orizon e Vidalink. Aqui no Brasil, o PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) passou a ser difundido há, aproximadamente, 12 anos. Mas o conceito surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, onde já existem 200 milhões de beneficiários, atualmente. Originalmente, PBM é a sigla para Pharmacy Benefit Management.

 

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