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Comunicação pelas redes sociais ajuda, mas nem sempre contribui para boa redação, alerta professor

A velocidade e o dinamismo das redes sociais, entre outras características próprias dessas ferramentas de comunicação, fez com que seus adeptos se adequassem às novas terminologias, abreviações, sinais e outras maneiras de interagir com os demais. KKK, VC, ABS, TKS, LOL, OMG, \o/ e ;-) são alguns exemplos do que se escreve e se vê por aí. Se por um aspecto todo esse invencionismo se transformou em alvo de críticas dos mais conservadores, por outro há quem o defenda.

 “É um primeiro passo para entender que a comunicação por escrito tem características próprias, diferentes da comunicação oral”, diz o professor de língua portuguesa Antonio Carlos Olivieri, criador do site Página da Redação (www.paginadaredacao.com.br), que treina a produção de textos pela internet. Para ele, as redes sociais podem contribuir com a redação porque, basicamente, as pessoas se vêem diante da necessidade de se comunicar por escrito.

 

No entanto, ele defende a necessidade de compreender a diferença entre bater-papo num chat, postar uma mensagem no facebook, no twitter ou num blog e fazer uma dissertação formal como a que é exigida nos exames vestibulares e no Enem. “Geralmente, os alunos não têm essa consciência, não conseguem perceber o que é exigido e não sabem construir linguisticamente o texto formal que é uma dissertação. É com isso que devemos nos preocupar”, diz Olivieri. Para ele, a linguagem das redes sociais é informal e não exige a profundidade e a lógica de um texto dissertativo.

 

 

 

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