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Dilma é o 2º perfil mais influente no Twitter: “mas não usa a rede social desde 2010”, diz especialista em marketing digital

Para Gabriel Rossi, perfil da presidente na rede social está nesta posição não por mérito, mas por causa de seus seguidores

O estudo “Influenciadores do G20”, divulgado nesta semana pela agência de relações públicas Burson-Marsteller e pela companhia de análise de redes sociais Klout, revela que o perfil da presidente Dilma Rousseff no Twitter está em segundo lugar no ranking dos mais influentes em assuntos políticos no Brasil (atrás do jornalista Lauro Jardim). Para o estrategista de marketing digital Gabriel Rossi, o resultado é surpreendente, já que Dilma não utiliza o microblog desde 2010. E mostra que a pesquisa ressalta os seguidores, não a presidente. “A falta de uso mostra uma total descontinuidade de relacionamento após o período eleitoral. Em 13 de dezembro de2010 ajá presidente eleita disse que o contato via Twitter seria mantido. Mas isso não ocorreu”.

A agência Burson-Marsteller se apressou em soltar uma nota sobre o estranhamento que causou em toda a web. E disse que o levantamento “foi feito com base na metodologia do Klout, que mede diversas variáveis do Twitter, não apenas a atividade dos posts e o número de seguidores. Entre elas estão o alcance, a amplificação e o impacto da rede de seguidores”.

“É um equivoco não mensurar a interação, completamente ausente no caso de Dilma. É assim que medimos a satisfação dos internautas. A primeira mulher a assumir a presidência do Brasil poderia aproveitar sua popularidade e mudar esta postura, dando um exemplo para os governantes de todo o mundo, fazendo da rede social um importante canal de comunicação com a população que representa”, comenta Rossi.

Para ele, já é hora de os governantes assumirem nova postura no relacionamento com o público ao longo da gestão. “É essencial criar um processo de escuta on-line profissional. Também é fundamental identificar os formadores de opinião e entusiastas em cada área, gerando sempre conteúdos novos, estimulando e disseminando informações”.

Segundo conclusão do próprio levantamento, alguns dos políticos mais importantes do Brasil não estão tirando proveito das redes sociais como ferramenta de comunicação estratégica. É o que ratifica Rossi. “Twitter e Facebook são vias de duas mãos. Ao mesmo tempo em que o candidato pode apresentar projetos e plataformas políticas nestas redes sociais, precisa enxergar a vantagem estratégica de utilizá-las como um termômetro dos anseios da população e de como melhorar sua imagem junto ao eleitorado. O segredo é entender bem o comportamento do cidadão na web e desenvolver táticas específicas que maximizem seu potencial na internet”, diz.

“Se tivesse percebido isso, Dilma poderia estar em primeiro, não em segundo lugar. Isso, claro, se o estudo levasse em maior conta a interação”, finaliza o estrategista.

 

 

 

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