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Educador financeiro dá 6 orientações para consumidor limpar o nome

nome

A falta de educação financeira no Brasil se expressa nos altos índices de endividamento e inadimplência: atualmente, há 59,2 milhões de brasileiros com o nome sujo, de acordo com o SPC Brasil.

 

Trata-se de um problema cultural, considerando que quase metade da população (40%) tem seu nome registrado em serviços de proteção ao crédito por conta da inadimplência. Limpar o nome, portanto, não é tarefa fácil – exige mudanças de hábitos e comportamentos, que muitas vezes estão enraizados.

“Nós sabemos que o cenário econômico brasileiro favorece o desequilíbrio no orçamento das famílias. Mas, sabemos também que muitas vezes as pessoas não respeitam seu padrão de vida, e acabam gastando mais do que poderiam. Daí a importância da educação financeira, que gera mudanças comportamentais. Ela preparara as pessoas para fazerem melhores escolhas econômicas”, explica Sandro Borges, educador financeiro e diretor da Unidade DSOP Belo Horizonte.

Regularizar essa situação, com a certeza de que nunca mais voltará para ela, exige uma verdadeira mudança comportamental. O processo pode não ser fácil, mas tende a ser um divisor de águas na vida de pessoas endividadas e inadimplentes.

 

Conheça seis orientações para limpar seu nome:

 

  • Saiba qual loja ou instituição colocou o seu nome na lista e dê prioridade para pagar esta conta. Porém, reserve um momento para conhecer a sua verdadeira condição financeira. Essa atitude exige coragem e determinação, pois é apenas encarando a situação que você saberá qual é o seu nível de endividamento. Anote todas as suas dívidas e em cada uma delas sinalize o nome do credor, o valor devido, as taxas de juros praticadas, o prazo e a característica. Este raio-x de sua situação financeira precisa ser completo e honesto.
  • Separe as dívidas essenciais (como de condomínio, água, energia elétrica) das não essenciais (como de celular e TV a cabo, por exemplo) e pense em como você pode reduzir ou até mesmo eliminar algumas dessas despesas. Em seguida, analise quais são as dívidas em que você paga taxas de juros mais altas, além da que o fez sujar seu nome na praça, e considere renegociá-las com os credores. Cartões de crédito, cheque especial e empréstimos costumam ter os juros mais altos.
  • Negocie para que diminuir a taxa de juros e para que as parcelas caibam em sue orçamento. Caso a negociação não dê certo, volte-se às suas despesas mensais. Será muito importante reduzir os gastos para conseguir poupar dinheiro, pois muitos bancos contratam empresas recuperadoras de crédito para cobrar seus clientes e essas têm autonomia para negociar. O seu poder de negociação, neste momento, virá de quantia de dinheiro reservada.
  • Considere pegar um empréstimo consignado. Contudo, é preciso ter em mente que com essa atitude estará trocando uma dívida por outra, lembrando que com essa modalidade de empréstimo se estará diminui o ganho líquido mensal em até 30%. Reconhecer que o seu poder de compra será diminuto e ter educação financeira será crucial para não entrar em novas dívidas.
  • Um reflexo da falta de educação financeira é estar habituado a pagar parcelas de um acumulado de dívidas mensalmente. Quem está procurando estabilidade, precisa se questionar diante da possiblidade de uma nova compra se ela é realmente necessária no momento e, se sim, qual seria a melhor forma de pagamento levando em consideração o seu poder de compra atual e futuro.
  • Não desanime. Mesmo as situações mais complicadas podem ser resolvidas, especialmente se houver força de vontade. Portanto, ainda que esteja em uma fase de preocupações e estresse, resgate seus sonhos. Lembre-se das coisas que gostaria de realizar e acredite que você é capaz. Mais do que qualquer outro motivo, seus verdadeiros sonhos te animarão para mudar seu comportamento, quitar suas dívidas e se tornar uma pessoa realizada e feliz.

 Reinaldo Domingos

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