Edição impressaConfira a última edição impressa

Emater-MG abre escritório em Extrema, Sul do Estado

 

Ações iniciais focam em horticultura escolar, produtos orgânicos e pecuária de leite

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está de volta ao município de Extrema, na divisa de Minas com São Paulo, após mais de três décadas sem escritório local. Uma nova unidade da instituição pública está em funcionamento desde o início de maio e as primeiras atividades já começam a movimentar o meio rural e urbano do município, abrindo mais perspectivas de ganhos para produtores de leite, agricultores familiares e outros integrantes da sociedade local, como estudantes de escolas públicas da cidade que terão a oportunidade de dominar na prática o que aprendem na teoria sobre o valor nutricional das verduras.

 

Segundo o extensionista da Emater-MG local, o engenheiro agrônomo Hélio João Farias, entre as primeiras ações do novo escritório da empresa, está em curso a capacitação em horticultura para alunos da rede pública de ensino. O projeto, ainda em fase piloto, tem como público-alvo estudantes do ensino fundamental, na faixa etária de14 a16 anos, que estejam cursando do 7º ao 9º ano.

 

“Desde o início de maio estão sendo programadas visitas à Escola Municipal João Orsi, seguindo cronograma e planejamento voltados para aulas teóricas e práticas em horta escolar. Os alunos são separados em grupos e ficam responsáveis pela manutenção das espécies plantadas. Também são repassadas informações sobre a importância de cada hortaliça para a saúde e noções de cultivo das olerícolas”, explica Hélio. De acordo o técnico, a intenção é estender o projeto a outras escolas públicas do município.

O estímulo à produção de orgânicos também está no foco das primeiras ações implementadas pelo escritório da Emater-MGem Extrema. Noúltimo dia 25, um grupo de 12 produtores rurais do município visitaram a Bio Brazil Fair- Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, que aconteceu no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera,em São Paulo. Láeles conheceram produtos e estabeleceram contatos para futuros negócios. Também participaram de seminários e cursos. A visita foi promovida pela Emater-MG com recursos do Programa Minas Sem Fome e recebeu o apoio do Sindicato Rural de Extrema.

De acordo o agrônomo da Emater-MG local, a iniciativa da empresa foi motivada pela localização estratégica do município e por lá já ter alguns produtores que praticam uma agricultura orgânica. De fato, Extrema fica a110 quilômetrosda capital São Paulo e está próxima de grandes centros consumidores como os municípios de Campinas e Bragança Paulista. “Estamos na beira da Rodovia Fernão Dias, o que facilita o escoamento de produtos da agricultura para a Ceagesp e a Ceasa de Campinas, principais entrepostos de grande volume de hortaliças”, justifica Hélio.

 

A atividade leiteira praticada em Extrema, também está merecendo a atenção do novo escritório da Emater-MG, segundo Hélio João Farias. “Ainda é um projeto piloto, mas estamos implantando em uma propriedade daqui, o Minas Leite. A idéia é trabalharmos com o que temos aqui. E além da horticultura, temos a pecuária de leite e corte”, informa.

 

Incentivo à produção leiteira e combate à fome

O Minas Leite, lançado no final de 2005 pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), já beneficiou 1.076 produtores, em 338 municípios. O programa tem por objetivo, promover a qualidade de vida dos pecuaristas familiares, a partir da construção técnica, organização e gestão dos sistemas de produção na pecuária bovina, propiciando integração nas cadeias produtivas vinculadas à atividade. “São implementadas técnicas simples, geralmente de baixo custo para garantir retorno e aumento das receitas”, explica o coordenador técnico da Emater-MG Marcos Meokarem.

 

Já o Minas Sem Fome é um programa com ações voltadas para a produção de alimentos, agregação de valor e geração de renda. O programa atende associações comunitárias de agricultores familiares, escolas, creches, asilos e também entidades assistenciais, incrementando as atividades de lavouras, pomares, hortas, apicultura, piscicultura, avicultura, produção de leite, feiras livres, gestão de projeto e apoio a agricultura familiar. Até dezembro deste ano, o Minas Sem Fome deverá atender 187.860 famílias de agricultores familiares. A meta financeira para todo o programa é de R$ 4,76 milhões.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado.