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Estudantes de MG, RJ e ES constroem carros mais competitivos para a Baja SAE BRASIL–PETROBRAS

Estudantes construíram 22 carros off-road que serão avaliados por engenheiros da indústria durante a competição, de 13 a 16 de março, em Piracicaba/SP

Aliar segurança, robustez e conforto de um carro off-road é o objetivo de cerca dos universitários de engenharia de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que projetaram e construíram 22 carros para participar da 20ª Competição Baja SAE BRASIL–PETROBRAS. A competição será realizada de 13 a 16 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba, São Paulo.

O Estado de Minas Gerais será representado por 11 equipes, Rio de Janeiro por oito e Espírito Santo por três. Ao todo, a competição reunirá 72 equipes, que somam cerca de mil estudantes de engenharia, de 66 instituições de ensino, de 18 Estados brasileiros e do Distrito Federal.

As três equipes que alcançarem as melhores pontuações na soma geral de todas as provas poderão representar o Brasil na Baja SAE Rochester, em New York-USA.

Rio de Janeiro – Composta por 30 integrantes a equipe VR Baja da Universidade Federal Fluminense apresentará um carro com uso de apenas um disco de freio no eixo traseiro. “Devido a configuração dos componentes e a transferêncida de carga foi possível utilizarmos essa técnica”, afirma o capitão da equipe Victor Pereira de Sequeira, aluno do 3º ano de Engenharia Metalúrgica dos Materiais.

Além disso, a equipe destaca o uso de fibra de carbono na carenagem, fibra sintética de aramida na proteção da caixa de transmissão, redução do uso de tubos e uso de homocinética em vez de cardam. “Nosso carro pesa 260 kg, atinge a velocidade máxima de 56 km/h e em testes ele tracionou uma carga de 850 kg”, explica Sequeira.

Minas Gerais – Campeã, a equipe Baja UFMG, da Universidade Federal de MG é composta por 21 integrantes. O destaque do grupo foi o desenvolvimento da própria caixa de transmissão e o uso de um método de construção do chassi que consiste em utilizar gabaritos em MDF usinados em CNC que minimiza os erros de fabricação e dá maior conformidade ao projeto. “Esse método se destaca na sua aplicação de produção em série, algo que os juízes têm exigido cada vez mais na competição”, destaca o capitão Rodrigo César Araújo de Oliveira, aluno do 9º período de Engenharia Mecânica.

Outra equipe mineira é a Zebu Baja, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, com 27 estudantes. Os diferenciais do carro estão na incorporação de sistema de eletrônica embarcada on board. “O piloto terá mais de sete informações em um display LED em tempo real, e isso facilitará a tomada de decisões e a comunicação com a equipe”, conta o capitão Marcionílio Francisco Bolina Pereira, aluno do 4º ano de Engenharia de Produção. Para manter o sistema em funcionamento nas provas de maior duração foi instalado um painel solar de 5W no carro.

Carros – Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora de estrada, com quatro ou mais rodas, motor padrão de 10 HP e capacidade para abrigar um piloto de até 1,90m de altura e até 113,4 kg de peso. Os sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelos próprios estudantes de engenharia, que são orientados por professores das instituições de ensino que representam.

O programa – O Baja é o primeiro programa estudantil de capacitação organizado pela SAE BRASIL, e está entre os de maior sucesso. Nele os estudantes se organizam em equipes que, sob a orientação de um professor desenvolvem os veículos com o qual irão competir representando a sua instituição de ensino.

Além da construção do protótipo em que praticam o conhecimento adquirido em sala de aula, as equipes são responsáveis por atividades, como atendimento de prazos, busca de suporte financeiro para viabilização do projeto e custeio de despesas, entre outras tarefas com as quais se defrontarão no mercado de trabalho.

“As competições estudantis da SAE BRASIL proporcionam aos futuros engenheiros a oportunidade de por em prática as teorias aprendidas nas salas de aula e, assim, desenvolver capacidades e a paixão necessárias a uma boa formação profissional”, afirma o engenheiro Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL.

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