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Ética organizacional: A verdadeira inteligência

INTELIGENCIA

Cada vez mais o ser humano conquista contextos externos, novas descobertas e resultados, porém, ao mesmo tempo, presenciamos injustiças, individualismo e corrupção na sociedade, na gestão de empresas e nos negócios. Nos últimos anos, a crise de valores e ética e a indiferença moral tornaram-se alvo de urgente atenção e conscientização.

O ser humano, olhando muito para fora, pouco conhece sobre si mesmo e sobre suas reações ou até mesmo sobre como lidar com os conflitos, dificuldades, desafios, sonhos e objetivos. Outra dificuldade é de como lidar com o próximo, tendo consciência de que os nossos atos influenciam a vida daqueles que estão ao nosso entorno e que a nossa liberdade e escolhas acarretam em responsabilidade e consequências.

 A interdependência da inteligência emocional, inteligência social e da ética, permite, pelo menos em parte, responder a essas reflexões. Essas disciplinas se tornaram assuntos muito presentes no âmbito organizacional, percebidas como instrumentos para harmonizar e equilibrar a razão e a emoção nas relações interpessoais.

A inteligência social é a capacidade de compreender, interagir e influenciar positivamente as pessoas. Ela tem como foco a qualidade e harmonia das relações interpessoais e, consequentemente, melhorar a forma de se relacionar com as pessoas, criando um clima positivo e de cooperação em qualquer contexto da nossa vida, para uma convivência solidária.

A ética é o complexo de critérios e valores que guiam nossas ações e comportamentos, por exemplo, o respeito, a honestidade, a coerência, cooperação e confiança. Por meio do crescimento pessoal e da evolução dos valores, moldamos a concepção de ética e, quanto maiores os níveis de inteligência emocional que um indivíduo desenvolve, mais elevado será o seu nível comportamental ético.

A inteligência emocional e a ética são consideradas como pontos de vista distintos de uma mesma realidade e se soubermos compreender nossas próprias emoções e as dos outros saberemos reagir à situações de forma mais ética. Logo, atuar de forma ética é agir de forma inteligente.

Nossas decisões, em todos os planos, precisam ser coerentes com nossos valores e com nossas emoções. No contexto profissional, essa coerência precisa ser mais forte ainda, sob pena de vivermos em um constante conflito. Diante disso, precisamos então ter clareza acerca das nossas emoções e de nossos valores.

A empatia e a compreensão das emoções do outro nos permite criar relacionamentos sólidos e a ética permite construir alicerces para uma convivência mais pacífica e respeitosa, capaz de superar as diferenças e agir na busca da realização individual e do bem comum.

 Eduardo Shinyashiki

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