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Fora da escola: pedagoga indica passeios que ajudam no aprendizado dos alunos

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    Fugindo um pouco ao modelo convencional, com os alunos dentro da escola, sentados em suas carteiras, todos de frente à lousa, prestando atenção ao que os professores dizem, que tal outra forma de aprendizado, para ser feito além dos muros da escola? “Há muitos passeios que podem ser realizados com os alunos, onde o que precisa ser passado pode ser feito de uma forma bem mais lúdica e atrativa”, diz Francisca Romana Giacometti Paris, pedagoga, mestra em educação e diretora de serviços educacionais do Grupo Saraiva.

No entanto, a pedagoga diz que há três etapas igualmente importantes que precisam ser cumpridas para que os passeios realmente atinjam o seu objetivo, que é o de levar conhecimento aos alunos. “Antes é preciso planejamento e elaboração de instrumentos para colher as impressões e os dados necessários para que o professor tenha condições de explorar essa experiência da melhor maneira possível”, explica. “Em segundo lugar, durante o passeio, é necessário ter foco, destacando o que de importante tem para se observar e, principalmente, atribuir significado para aquilo que está sendo observado”. Por último, fazer com que essa experiência não se encerre quando o passeio chegar ao fim. “Depois é importante continuar explorando as informações obtidas, continuar trabalhando em cima do conhecimento que foi adquirido”, diz.

Para as aulas de biologia, por exemplo, ela sugere que os professores levem seus alunos a zoológicos, parques, viveiros ou a aquários. “Por meio do contato direto com os bichos ou com as plantas, com toda a natureza, é possível compreender melhor muitas coisas que em sala de aula poderiam ser menos óbvias. E o ambiente menos hostil também tende a encorajar alunos mais tímidos a fazer perguntas, a interagir mais com o professor e com os próprios colegas de classe”, explica a pedagoga do Grupo Saraiva.

Visita a museus também é uma ótima dica que vale para diversas disciplinas. “Podem ser explorados nas aulas de história, de arte, de ciência e tecnologia, entre tantas opções que os acervos dos museus do nosso país oferecem e que permitem essa outra forma de ensinar”, diz a pedagoga. De acordo com o Instituto Brasileiro de Museus, são mais de 3000 distribuídos por todo o país. Para as aulas de história, ela também recomenda um passeio ao centro histórico da cidade. “Uma caminhada passando pelas principais construções, monumentos e ruas pode ser muito interessante para contar um pouco sobre o passado e explicar muito sobre o presente”, diz Francisca.

Mesmo que não sejam permanentes, mas eventos do tipo não faltam durante todo o ano em diversas cidades do país, feiras e exposições com temas variados também são uma boa oportunidade de obter conhecimento para se levar os alunos. “Estes eventos geralmente proporcionam o contato com o novo, com o que há de mais atual. Nada que ainda conste no material didático adotado pelas escolas. Ou seja, para conhecer, só mesmo saindo da sala de aula”, conclui a pedagoga.

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