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José Álvaro Pinheiro Neto (Zé Pinheiro)

 

*28/07/1918 +08/11/2011

Justa Homenagem Póstuma

  

Na noite de 8 de novembro, chegava em nossa cidade a notícia do falecimento do nobre amigo José Álvaro Pinheiro Neto.

 

O triste acontecimento nos pegou de surpresa, pois, embora em idade avançada (93 anos), Senhor José Pinheiro desfrutava de boa saúde. Era ele um homem de personalidade marcante: alegre, comunicativo, religioso, solidário nas causas sociais e de acentuado espírito cívico. Gostava de participar das celebrações de sua comunidade. Sempre alegre, gentil e bondoso, um homem de bem com a vida, um verdadeiro “gentleman“. Por isso mesmo, conquistou muitíssimos amigos aqui em Borda da Mata, cidade natal que muito amou.

 

Há pouco mais de um ano, perdera sua prendada esposa, Dona Edith, sua alma gêmea. Dava para perceber como lhe foi dolorosa sua falta, o que segredava a seus amigos mais chegados.

 

José Álvaro Pinheiro Neto se orgulhava muito de ser filho de Borda da Mata. Muito cedo foi para São Paulo, cidade que o acolheu generosamente. Lá construiu sua família e se dedicou a várias atividades profissionais e sociais. Foi empresário e comerciante, chegando a estabelecer-se como proprietário de bar na Avenida São João e ainda armazém, no ramo de secos e molhados.

 

Dedicado ao trabalho e líder nato, em tempos difíceis, chegou a presidir o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica. Foi esportista e torcedor do tricolor paulistano, ajudando a fundar a equipe do São Paulo e a fortalecer sua grande torcida. Colaborou na construção do Morumbi, chegando inclusive a vender títulos e cadeiras cativas para o sucesso do empreendimento do seu time do coração.

 

Há 35 anos, após sua aposentadoria, decidiu retornar com sua amada Dona Edith para sua querida Borda da Mata, ocasião em que mantiveram uma agência da Loteria Esportiva. O estimado casal pode então desfrutar do convívio desta cidade acolhedora e, com generosidade, ofertar amizade e carinho aos seus inúmeros amigos e amigas.

 

Porém, neste último ano, nem o carinho de sua família, que sempre o amou muito, nem a estima de seus conterrâneos puderam aplacar a dor e a saudade de Dona Edith. A solidão lhe desassossegava a alma e o coração. A saudade da esposa amada o entristecia. Até que, como que adivinhando a hora da morte, foi rever e se despedir de suas filhas, genros e netos em São Paulo, onde veio a falecer. De lá hoje volta para sua querida terra natal, pela última vez, para unir-se a ela para sempre, como prometeram um ao outro, há 68 anos passados.

 

Edih e José agora continuam juntos, como tinha de ser.

 

Rogamos a Deus sejam acolhidos na morada que lhes está preparada, desde sempre, desfrutando de merecida posse definitiva do Amor e da Paz.

 

À família enlutada por tão grande perda, os sentimentos de pesar e solidariedade de seus amigos e conterrâneos.

 

 

 

Gustavo Dantas de Melo

 

Borda da Mata

 

 

 

 

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