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Lousa digital possibilita inclusão social mais eficiente

Basta observar a rotina dos alunos para saber que a tecnologia faz parte do dia a dia da escola. Estudantes do Ensino Médio já abandonaram os celulares tradicionais (absorvidos pelas crianças da Educação Infantil) e deram lugar aos tablets e smartfones. Eles pesquisam, trocam mensagens, fazem anotações, relacionam-se. “Você tem facebook, professor?” – a pergunta é feita logo nas primeiras semanas de aula.

A tecnologia, da forma mais simples e barata ou complexa e cara, está presente na vida deles, sem critério de idade. E num ambiente em que a troca de experiências e a velocidade da informação se dá de maneira cada vez mais rápida, ignorar novos recursos é nadar contra a maré.

O medo e a insegurança, por muito tempo, levaram instituições de ensino a ancorar novas ideias. Aos poucos, essa realidade vem mudando. Hoje, muitas escolas já adotam uma política de incentivo ao uso da tecnologia, entendendo que mudanças são inexoráveis.

Felizmente, há muita escola sonhando com uma educação na qual professores e alunos, unidos por uma rede, combinam suas habilidades para aprender. Somam esforços para vivenciar uma experiência cujo objetivo é usar recursos tecnológicos como aliados indispensáveis para obter melhor rendimento e aprendizado, além da fronteira “sala de aula”. Essa ideia se encaixa na proposta de Educação para Todos: contemplar o maior número de alunos dentro e fora da escola.

Nesse cenário, professores estão subtituindo suas ferramentas de trabalho. Do giz à caneta eletrônica, suas explanações são mais eficazes e chegam até alunos que estão em casa, hospitalizados, em escolas remotas ou, ainda, apresentam necessidades físicas especiais, entre outras situações.

Os quadros interativos, mais conhecidos como lousas digitais, são um ótimo  exemplo de tecnologia eficaz em sala de aula. Ganharam força e espaço por permitirem maior captação da atenção do aluno, interatividade e efetividade do processo de ensino, e melhor domínio do professor sobre o conteúdo.

Ele pode acessar arquivos da tela projetada, assim como sublinhar virtualmente suas apresentações e buscar páginas na internet – tudo para complementar a aula na hora, com informações extras. Já os alunos, mesmo os que estão remotos, podem fazer suas observações e contribuir para o processo de ensino e aprendizado.

Por outro lado, é importante ressaltar que o quadro interativo por si só é atrativo, mas deve ser associado com aplicações adequadas para que a tecnologia faça, de fato, sentido. Explorar softwares é essencial para a dinâmica e a exposição de conteúdos, antes considerados entediantes pelos alunos da atual geração.

O elemento visual transforma o ensino de diversos temas. Assim, o processo de conhecimento cresce consideravelmente. Portanto, é possível afirmar que o sucesso da tecnologia vai depender de quão interessantes e lúdicas são as manipulações no quadro e da atenção que o professor dará ao associar seu compromisso em transmitir o conteúdo teórico básico com um pouco de entretenimento.

A interatividade é, sim, um ponto importante da tecnologia, mas estudos de caso realizados pela Clasus Brasil mostram outro benefício. É perceptível maior inclusão social quando a escola investe de forma efetiva em comunicação e interação.

São diversos os pontos favoráveis para não desistirmos de discutir o uso de tecnologias na escola e mostrar que as experiências são enriquecedoras. As instituições de ensino aprimoram seu método de trabalho, aceleram os processos de ensino, chegam aqui e além e, tão importante quanto esses aspectos, acompanham a realidade digital em que seus alunos estão inseridos, facilitando o diálogo e a convivência.

Camila Magalhães, orientadora pedagógica da Clasus Brasil

 

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