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Organização das informações médicas pode salvar vidas dos pacientes cardíacos, diz médico da UDESC

Com a ajuda do LifeCode, paciente consegue garantir um atendimento homogêneo e rapidez no acesso às informações em um caso de emergência 

No Brasil, de acordo com números do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, morrem cerca de 300 mil pessoas por ano vítimas de doenças cardiovasculares. São números alarmantes, que revelam uma epidemia no Brasil. Algumas destas mortes acontecem com pacientes em tratamento e poderiam ser evitadas com o bracelete LifeCode, sustenta o Dr. Tales de Carvalho, Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo, Especialista em Cardiologia também pela USP e professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Com o uso do LifeCode — bracelete que armazena as informações completas sobre o histórico de saúde do usuário, como alergias, medicamentos, cirurgias, doenças, aparelhos de auxilio exames de sangue, imagem e laudos médicos, entre outros — evitam-se problemas com a prescrição de remédios para o mesmo objetivo, ou ainda uma interação medicamentosa errada, afirma o médico. De acordo com estudo realizado pela Anglia Ruskin University, no Reino Unido, a má combinação dos remédios pode não só trazer depressão e alergias, como também aumentar exatamente o número de problemas cardíacos em pessoas idosas.

“Muitas vezes os pacientes não sabem referir quais remédios estão tomando. Esquecem o nome, ou nem sabem que são diabéticos, por exemplo”, explica Dr. Tales. De acordo com o especialista, os pacientes também não guardam os documentos mais recentes, o que faz com que os médicos diferentes peçam os mesmos exames em um curto espaço de tempo. “Quem vai ao cardiologista três vezes por ano, também vai ao geriatra, outros três ou quatro médicos”, afirma.

Assim, facilita ao geriatra, por exemplo, acompanhar os exames e a prescrição médica do cardiologista, ou vice-versa com o uso do LifeCode. “Com o bracelete, facilita bastante a rotina no consultório. Conseguimos chegar ao ponto ideal da prestação de atendimento médico. Ninguém corre mais o risco de ter a doença agravada por falta de informações”.

Dr. Tales ainda lembra que, em emergências, muitas vezes o paciente está desacordado e saber se ele é um cardiopata e fornecer o melhor atendimento em poucos minutos pode aumentar as chances de vida. “Em qualquer lugar você tem um computador com uma porta USB, então é só plugar e saber que aquele paciente é cardiopata, quais remédios estão prescritos e quais aqueles que podem ou não serem administrados”, explica o especialista.

Por último, a redução do número de exames proporcionada pelo bracelete também reduz os custos para pacientes particulares, dos planos e saúde ou do SUS. “No caso dos planos, é possível até reduzir a mensalidade. Para o governo, permite um uso mais racional dos recursos públicos”, finaliza.

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