Edição impressaConfira a última edição impressa

Para ser eficiente, tecnologia nas escolas precisa ser avaliada

Um dos principais desafios para a utilização de tecnologias na educação é a falta de indicadores que ofereçam critérios claros e informações objetivas a respeito da sua eficiência em sala de aula. Essa foi a conclusão do artigo “Assessing the effects of ICT in Education indicators criteria and benchmarks for international comparissons”, produzido em 2010 pela União Europeia, em conjunção com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O material considera ploblemático o fato de não existir sistemas que avaliem como está sendo a utilização dos recursos multímídia na escola. Sabemos que a especulação é grande. Professores desistem, escolas perdem investimentos, o desempenho dos alunos cai e assim por diante, além das instituições que sequer tentam iniciar um projeto. Ao certo, a compreensão sobre os motivos do fracasso ou as razões do sucesso ainda são limitadas e, por vezes, incoerentes.

É notório que o investimento em educação tem aumentado de forma significativa. Os Estados Unidos vão investir, em 2013, US$ 69,8 bilhões em educação, representando um aumento de 2,5% face ao investimento realizado em 2012.

E não são apenas os governos que fazem esse tipo de investimento. A “The Bill and Melinda Gates Foundation”, por exemplo, fundação que aposta em ações para educação, investiu, entre 2000 e 2008, US$ 4 bilhões em projetos relacionados com a área.

Por isso, publicações e investigação fazem todo o sentido e contribuem para refletirmos sobre o que falta para levar a escola à realidade 2.0, não só de maneira adequada, como engajada para o século XXI. Investimentos estão sendo feitos ao redor do mundo. O Brasil também está caminhando.

O que falta, então, para diminuir a dificuldade de utilizar recursos tecnológicos de suporte à pedagogia? Tradicionalmente, os resultados dos projetos de caráter educacional não são visíveis de imediato. As medidas adotadas podem gerar resultados em alguns meses ou até anos, mas carecem de tempo para serem assimiladas por educadores e estudantes.  Em certos casos, quando mal trabalhadas, podem até se mostrar prejudiciais, e isso acaba assustando muito educador.

Se, em 2010, os autores do artigo da União Europeia já detectavam a necessidade de ter indicadores, hoje é essencial. Tudo funciona de forma muito rápida e não é mais viável esperar o tempo considerado natural para saber se, de fato, as atividades estão sendo conduzidas de forma bem-sucedida para alunos, professores e gestores. É crucial ter soluções que permitam à escola saber se está caminhando para a direção certa ou errada e, assim, identificar com antecedência problemas para endireitar os planos.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia é aliada à educação para atingir melhores resultados em sala de aula, ela também poderá distinguir com rapidez e eficiência os maus produtos existentes, minimizando o desperdício no investimento em produtos ineficazes. Plataformas capazes de recolher e processar informação relativa ao conhecimento dos estudantes de forma contínua é uma premissa básica para o sucesso do processo ensino e aprendizado.

Não é possível investir sem que existam indicadores. Quase todos os setores trabalham com métodos para medir resultado: economia faz cálculo de ROI; na agricultura, a produtividade é medida; na medicina, a pesquisa é constante etc. A educação não pode ficar fora desse ciclo.

Num primeiro momento, cabe ao diretor da escola buscar ferramentas que atendam a esse tipo de necessidade. Com os indicadores disponíveis em mãos, deverão ser feitas análises constantes em pelo menos três níveis. No primeiro, os professores devem ter acesso aos indicadores como forma de orientar a sua ação da forma mais apropriada e em função de planos individuais respeitantes de cada estilo de aluno. Os estudantes também não devem ficar alheios a esse processo, pois tendo a possibilidade de conhecer de modo explícito as suas necessidades auto-educacionais, podem modificar a sua forma de estudo ou mesmo o seu foco, incrementando os seus resultados com eficiência.

No segundo nível, os diretores podem, e devem, ser responsáveis pela avaliação. Tendo indicadores que mostrem de que forma cada ação se reverteu em resultados concretos, eles podem igualmente otimizar a aplicação de recursos, passando a dispor de excedentes para novos investimentos. No entanto, um nível mais elevado deve ser reservado para equipes especializadas na interpretação da informação disponível. Eles poderão identificar melhor os aspectos menos óbvios e gerar diretrizes que permitirão elevar o desempenho do ambiente escolar de uma forma global.

Esse é o tipo de desafio que não dá para assumir com amadorismo. Só terão sucesso as escolas que investirem de forma completa. Analisando todas as necessidades, viabilizando os recursos para que todas sejam supridas, passamos a falar de um projeto de tecnologia educacional eficiente.

Sobre a A-MIGO TECHNOLOGIES: A A-MIGO TECHNOLOGIES é uma empresa sediadaem Santa Catarina, especializada na conceção e implementação de soluções educacionais. É pioneira na construção de plataformas interativas, colaborativas e de aferição para a educação, atuando ainda na produção de software, integração com hardware e sistemas personalizados. Com uma atuação de vocação pedagógica, a organização tem uma natureza de cobertura internacional e responsabilidade social focalizada na Educação.

 

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado.