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Peixe à Mesa do brasileiro

Alternando a alimentação entre peixes magros e gordos é possível favorecer os músculos, que são importantes estruturas para a manutenção da saúde óssea

 

O mês de Setembro é escolhido pelo Ministério da Pesca e Agricultura e Ministério da Saúde para incentivar o brasileiro a consumir mais peixe. O brasileiro consome em média cerca de 7 quilos por ano bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde que é de 12 quilos.  O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) pega carona nesta campanha e, depois de um bate-papo com a nutricionista Alessandra Pereira, dá algumas dicas sobre as vantagens desse consumo.

 

Os peixes gordos (como a sardinha, o atum, o salmão, a cavala, o arenque, as anchovas, a enguia, a lampreia) têm cerca do dobro das calorias dos peixes magros (Namorado, Linguado, Cação). Esta diferença deve-se ao teor superior de gordura dos peixes gordos. Apesar de os alimentos ricos em gorduras não serem recomendados, a gordura presente no peixe é considerada saudável e benéfica.

 

De acordo com Alessandra, um estudo da Northeastern University, nos EUA, publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, revela que os idosos que comem grandes quantidades de peixe preservam a densidade mineral óssea melhor do que pessoas que não estão acostumadas às mesmas quantidades deste alimento.

 

O estudo não prova que estes hábitos alimentares tornem os ossos mais fortes, mas os cientistas acreditam que a combinação de diferentes óleos presentes nos peixes (principalmente os gordos) protege os ossos de perderem massa ao longo do tempo. Por serem também uma excelente fonte de vitamina D, os peixes gordos são importantes para a manutenção da saúde dos ossos.

 

Os peixes enlatados que conservam as suas espinhas moles, como é o caso da sardinha e da cavala, são excelentes fontes de cálcio, fósforo e vitamina D: nutrientes importantes para a formação a conservação de ossos fortes. “A quantidade indicada para que o alimento realmente exerça benefício varia de3 a5 porções por semana tanto para homens quanto para mulheres”, ressalta a nutricionista. Vale peixe assado, (sem adição de gordura), grelhado, cozido ou preparado na estufa. As caldeiradas de peixe são também uma boa forma de consumir peixe. O peixe frito deve ser evitado”, avisa Alessandra.

 

Saiba a diferença entre os peixes gordos e magros:
Peixes Gordos: Salmão, Arenque, Atum, Cavala e Sardinha. Maior teor de Omega 3 comparado aos peixes mais magros, que beneficiam o Sistema Imune, Sistema Nervoso Central, melhora no perfil lipídico.

 

Peixes Magros: Namorado, Linguado, Cação.

“Ambos, gordo e magro, são alimentos-fonte de proteína, que beneficiam a massa magra, ou seja, os músculos, que são importantes estruturas para manutenção da saúde óssea. Além disso, o peixe é de mais fácil digestão, podendo ser mais facilmente por idosos com dificuldades digestivas. Vale ainda lembrar, que não é necessário restringir um tipo de peixe pelo outro. Deve-se equilibrar o consumo, alternando a ingestão de peixe magro e peixe gordo”, finaliza.

 

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