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Rede Mães de Minas apresenta os acidentes mais comuns com bebês e ensina como evitá-los

Todo cuidado é pouco quando o assunto é a segurança das crianças. No caso de bebês de até 2 anos, os acidentes são uma das principais causas de hospitalizações e mortes. Os mais comuns nessa idade são sufocação, quedas, afogamentos, queimaduras e intoxicações. De acordo com a colaboradora da Rede Mães de Minas Marislaine Lumena, Presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria, os bebês nessa faixa etária não sabem distinguir o seguro do perigoso.
“Eles tendem a levar objetos à boca (peças de brinquedos, imãs, baterias esféricas, grãos) que podem ser engolidos ou causar sufocação, ingerem produtos de limpeza e medicamentos, colocam o dedo na tomada, puxam o cabo da panela quente, mordem fios desencapados, desequilibram-se facilmente e sofrem quedas da própria altura ou de superfícies como trocador, cama, sofá e andador. E podem ainda se afogar em superfícies com poucos centímetros de água, em banheiras, baldes, piscinas”, observa a pediatra.
Segundo Lumena, os bebês se expõem a uma infinidade de riscos principalmente dentro de casa, onde a criança passa a maior parte do tempo. A especialista destaca que, nesta fase inicial da vida, os pequenos são totalmente dependentes de cuidados do adulto e estão mais sujeitas a riscos impostos por terceiros, como administração de doses erradas de medicamentos, queimaduras durante o banho, além de estarem também sujeitas aos maus tratos.
Prevenção
Estima-se que 90% dos acidentes podem ser prevenidos. Em sua maioria, são consequências de erros e/ou omissões humanas na avaliação de riscos. Por conta disso, os médicos defendem que a criança deve ser cuidada e supervisionada por um adulto atento durante todo o tempo. A dica é observar o desenvolvimento das habilidade da criança, reconhecer e eliminar os riscos do ambiente doméstico e de outros locais onde a criança estiver inserida. E, no caso de acontecer algum acidente, deve-se procurar manter a calma e tomar medidas específicas dependendo do tipo de acidente e da gravidade do caso.

O que não se deve fazer
– Não subestimar a capacidade de movimento e iniciativa da criança. Por exemplo, achar que ela não vai puxar a toalha de mesa ou engolir uma moeda. O que a criança não é capaz de fazer hoje pode ser capaz de fazer amanhã;
– Nunca medicar a criança sem orientação médica, uma vez que mesmo os medicamentos mais conhecidos podem ser tóxicos;
– Não enfeitar a criança com correntinhas, pulseirinhas, medalhinhas etc. Estes acessórios podem causar estrangulamento (correntinhas) ou quando colocados à boca podem ser engolidos ou causar sufocação;
– Nunca dar para a criança brincar objetos pequenos e pontiagudos, potes de talco, embalagens com remédios, que podem causar acidentes;
– Não deixar o bebê mamar sozinho em mamadeira, sem supervisão, devido ao risco de aspiração do leite e/ou engasgo;
– Não deixar a criança sozinha no banho ou com risco de imersão em baldes, bacias, vasos sanitários, piscina. O afogamento é um acidente rápido e silencioso;
– Não introduzir o uso de andadores que ocasionam quedas com lesões graves, principalmente traumatismos cranianos, além de permitirem que a criança tenha acesso a locais de risco, como fogões, escadas, etc;
– Não incentivar brincadeiras com animais desconhecidos.
Saiba mais
Para saber mais sobre os cuidados para evitar acidentes domésticos, acesse www.redemaesdeminas.com.br . No site do projeto Rede Mães de Minas, há uma série de dicas sobre o universo materno e, ainda, uma rede social para gestantes e mães de bebês de até 1 ano de idade. Lá, é possível interagir e tirar dúvidas com médicos, especialistas de várias áreas e outras mães. Basta se cadastrar. E ainda encontra-se vários aplicativos para acompanhar a evolução da gravidez e pós-parto, além de artigos sobre os mais diversos temas do universo da maternidade.
A iniciativa, que visa divulgar boas práticas e orientar mulheres para o autocuidado, é uma parceria da Fundação Assis Chateaubriand com a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do programa Mães de Minas, que visa à redução das mortalidades materna e infantil em Minas Gerais. Por meio das ações desenvolvidas, as gestantes e mães recebem acompanhamento e orientação, de forma a garantir às famílias, especialmente as mais vulneráveis, um ambiente seguro e acolhedor aos seus bebês. O programa oferece um canal de atendimento telefônico 24 horas por dia, durante todo o ano. Basta ligar 155.

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