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Reflexão “Notícia: produto à venda”

Usamos a célebre frase da professora, jornalista e escritora Cremilda Medina para iniciar uma importante reflexão sobre o nosso trabalho:imprensa interiorana. Os mais diversos setores da sociedade já tiveram demonstrações suficientes sobre a importância dos veículos de comunicação nas cidades, instituições e empresas. Apesar do reconhecimento na região, como em outros cantos “do interior”, muitos se comportam como se o jornalismo e os jornalistas fossem atividades de mero lazer, oportunidade para promoções e de “penetrar em festas.”

Empresários e “socialites”lembram-se de solicitar matérias sobre sua atividades profissionais, hobbys e egocentrismos, mas não hesitam em recusar anúncios, assinaturas e se indignar quando são informados que determinadas matérias são publicitárias, devendo ser pagas. Outros, além do desrespeito, chegam a tratar jornalistas e colaboradores dos veículos de comunicação com desprezo, obrigando esses PROFISSIONAIS a mendigar ingressos, convites e entradas em eventos, que são prestigiados pela presença dos comunicadores e não contrário.

Alguns casos chegam perto da violência, como já aconteceu. Tudo isso faz necessária a explicação aparentemente óbvia de que jornalismo é uma profissão, com importância, utilidade, técnicas e critérios próprios. Também é importante esclarecer que para o jornal, a revista, o programa de rádio existirem é preciso pagar a conta desses serviços, o que compreende material e o mais importante: pessoas qualificadas para as funções pertinentes ao jornalismo.

O pagamento das notícias acontece através de anúncios e assinaturas (no caso dos impressos). Portanto, aos que apreciam o trabalho dos jornalistas, desejam informações de sua cidade, de seus amigos, de parentes e àqueles que ainda não perceberam que o jornalismo é uma profissão regulamentada pelas Leis do país, fica a informação de que “notícia é um produto à venda” e o pedido: quando alguém visitá-lo para solicitar um anúncio ou assinatura, reflita sobre como seria o mundo sem imprensa e como a comunicação pode ser útil para a sua promoção, a efetivação de negócios e a construção de uma sociedade melhor, não aquela distante, mas a sociedade em que você vive e onde pessoas TRABALHAM , produzindo e vendendo, de forma profissional e ética, as NOTÍCIAS.

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Alexandre Wagner da Silva é publicitário, empresário, jornalista e Presidente do Sindicato dos Proprietários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais – Sindijori/MG

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