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Em reunião, Incra/MG responde a reivindicações do MST

Em reunião ocorridano dia 29 de abril,  no gabinete da superintendência do Incra/MG, representantes do MST apresentaram reivindicações referentes à áreas do Vale do Rio Doce e Vale do Mucuri, regiões com o maior número de família acampadas no estado. Satisfeitos com as explicações do superintendente, Danilo Araújo, o superintendente substituo, Glênio Mariano, e a chefe da Divisão de Desenvolvimento, Sílvia Ferrari, sobre os trabalhos realizados, o movimento decidiu ficar acampado na Praça da Assembléia durante os atos previstos para este feriado.

Dentre as reivindicações apresentadas pelo grupo estão a desapropriação das fazendas São Roque, em Teófilo Otoni, Monjardim, em Matias Lobato,Nova Alegria, em Felisburgo,  além da regularização no assentamento Itamunhec, também localizado em Teófilo Otoni.

A fazenda São Roque já teve ação de desapropriação ajuizada pelo Incra/MG, mas um questionamento do proprietário impede o julgamento da ação. Na ação referente à fazenda Monjardim, o Incra/MG aguarda imissão de posse a ser concedida pela justiça. No assentamento Itamunhec, em razão da existência de posseiros, anteriores à criação do assentamento, em 2007, os manifestantes pedem a regularização dominial. O Incra já havia enviado uma equipe, na semana passada com esse objetivo, que já está realizando o serviço.

Na fazenda Nova Alegria, o presidente do Incra pediu ao governo do estado a demarcação de área devoluta para doação à autarquia e criação de assentamento. Este imóvel foi palco da chacina de Felisburgo, há 10 anos, quando quatro trabalhadores rurais foram executados. Os pistoleiros e o mandante do crime foram condenados pelo Tribunal do Júri da Capital. Os membros do MST reivindicam, ainda, o cadastramento das famílias que estão na fazenda. Como as famílias estão presentes em Belo Horizonte, o superintendente se comprometeu a realizar o cadastro, imediatamente.

Durante esta quarta-feira (30), o superintendente continua recebendo lidernaças do MST de outras regiões do estado.

Quanto às reivindicações do MST do sul de minas que abriram praças de pedágio na rodovia Fernão Dias, no Sul de Minas, no começo de semana, informa que a autarquia comunica com regularidade, por meio de ofícios, as demandas por instalação de eletrificação rural à Cemig, empresa responsável pela atividade.

Quanto à fazenda Ariadnópolis, o Incra informa que criou, em março deste ano, o assentamento Nova Conquista II em 300 hectares da área reivindicada. O restante da área de 3,3 mil hectares não pôde ser desapropriada pelo Incra já que há proibição legal de fazê-lo em áreas ocupadas (Lei 8.629). No entanto, a Justiça questionou se o Incra tem interesse em 1,2 mil hectares que estão sendo executados em processo judicial. Neste sentido, técnicos do Instituto realizam avaliação desta área, nesta semana, para responder ao questionamento judicial.

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