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Sexo: quantidade x qualidade

Os homens têm percepções diferentes desta equação ao longo da vida,
mas a atenção à saúde sexual deve prevalecer

 

O passar dos anos traz para as pessoas experiências que mudam e se aprimoram constantemente ao longo da vida. Com o sexo não é diferente. A definição do que é um “bom sexo”, ou seja, a satisfação sexual e a relação entre quantidade e qualidade têm proporções variadas para homens de diferentes idades.

 

De acordo com Eduardo Bertero, urologista do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – HSPE e especialista em medicina sexual pela Universidade de Boston, para a maioria dos jovens, entre 18 e 25 anos, o importante é ter o maior número possível de relações. A quantidade é o que prevalece. Para os mais maduros, entre 41 e 50 anos, existe a preocupação com o desempenho no geral e com a satisfação da parceira. Para este público, tanto a qualidade como a quantidade têm importância equiparadas.  Já na terceira idade, a partir dos 61 anos, o primordial é a qualidade.

 

Os jovens, em geral, têm certa insegurança em virtude da pouca experiência de vida e consequentemente sexual. Eles temem a maneira como o seu desempenho será percebido pela parceira. Bertero esclarece que nestes casos podem até surgir transtornos como a dismorfofobia (síndrome da distorção da imagem), ou seja, os homens enxergam as proporções de seu órgão genital diferente do que ele realmente é. Outra questão que pode ser favorecida pela ansiedade ou insegurança vivida pelos homens no início da vida sexual é a ejaculação precoce.

 

“Costumo dizer aos meus pacientes que o sexo não é ensinado como uma ciência exata. Cada pessoa é única e como tal tem suas preferências individuais durante um relacionamento íntimo. Cabe ao casal descobrir estas variações e deixar que o tempo se encarregue de trazer a experiência necessária, que tornará a relação cada vez mais satisfatória”, comenta Bertero.

 

Já para os homens maduros, o bom sexo é aquele que lhe satisfaça, mas que também proporcione prazer à sua parceira. Eles normalmente querem manter sua atividade como está e ficam preocupados com a possibilidade de acontecer alguma alteração de libido ou da qualidade de ereção.  “É comum escutar dos pacientes nesta idade questionamentos sobre como prevenir problemas como a disfunção erétil (DE), que é a dificuldade em obter ou manter a ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório”, relata o urologista.

 

E para os homens idosos, a partir dos 61 anos, também há boa vida sexual. Mesmo com alguma piora na ereção inerente à idade, o avanço da medicina permite que eles continuem ativos sexualmente por muitos mais anos e com qualidade.

 

De acordo com a pesquisa Mosaico Brasil1, os entrevistados relataram que a média de relações sexuais por semana é de 3,5 para os rapazes com18 a 25 anos. Ao alcançarem a faixa etária dos41 a 50 anos, esta média cai para 2,9 relações semanais. Já os homens entre 61 e 70 anos afirmam praticarem sexo 1,8 vezes a cada período de sete dias.

 

Ainda segundo resultados da mesma pesquisa1, os homens relataram ter notado piora na qualidade da ereção nos últimos anos. Tal dificuldade foi percebida por 25,4% dos jovens entre 18 e 25 anos. Para os homens com41 a 50 anos, a percepção ocorreu para 58,4% dos pesquisados. Já aqueles com61 a 70 anos, a piora relatada foi de até 81,3%.

 

A idade pode até ter alguma influência no equilíbrio da equação idade x qualidade x quantidade em relação à atividade sexual masculina. Mas esta realidade mudou muito nos últimos anos, pois existem terapias que auxiliam tanto na qualidade da ereção como no tratamento para recuperá-la. No passado, o tratamento da DE implicava em proporcionar uma ereção suficiente para a penetração. Hoje, após o advento do Viagra (sildenafila), a meta é atingir a rigidez ideal do pênis.

 

Esse é o novo consenso global do tratamento de disfunção erétil. Estas diretrizes são baseadas na Escala de Rigidez de Ereção (ERE), um instrumento que permite aos homens com disfunção erétil um maior controle da doença e melhor aferição dos resultados do tratamento. A ferramenta possui uma escala de quatro pontos. O grau quatro – ereção completamente rígida – é o objetivo ideal a ser atingido.

 

“É sempre importante lembrar ao homem que a DE tem tratamento e que é fundamental a procura pelo especialista, para que seja avaliada sua condição e indicado o tratamento adequado”, ressalta o especialista.

 

Referência

1 – Mosaico Brasil, a maior pesquisa sobre sexo e afeto já realizada no País, mapeou, ao longo de 2008, o comportamento afetivo-sexual de 8.237 homens e mulheres de 10 capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Manaus, Salvador, Fortaleza e São Paulo. A pesquisa contou com o apoio da Pfizer e foi conduzida pela Dra. Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

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Pfizer

Fundada em 1849, a Pfizer é uma das mais completas e diversificadas companhias do setor farmacêutico. Presente em mais de 150 países, a empresa está no Brasil desde 1952. Melhorar a saúde e proporcionar bem-estar fazem parte da missão da Pfizer ao descobrir, desenvolver, fabricar e comercializar medicamentos de prescrição, genéricos e de consumo para Saúde Humana e Animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Rapamune, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil e a vacina Prevenar. A Pfizer também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação, saúde e sustentabilidade no país.

 

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