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Tributo a João Batista de Paiva – Um dos Fundadores do Jornal “A Cidade” de Borda da Mata

joão paiva

“…Minha alma proclama a grandeza do Senhor… Ele dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes…” (Lucas, 1,46,51,52).

A vida é um dom precioso e fundamental que, graciosamente, recebemos de Deus. Dotados de livre arbítrio, cabe a cada um de nós a escolha do caminho a trilhar.
Alguns, vazios de valores, perdem o rumo, porque não encontram motivação; outros, afortunados, descobrem a alegria de lutar por ideais pelos quais vale a pena viver.
Podemos afirmar que a segunda hipótese aconteceu na fecunda existência de João Batista de Paiva, cujo falecimento em 21/01 enlutou nossa cidade. Era ele filho de Adelino José de Paiva (Sr. Dico) e de Ernestina Alice Figueiredo de Paiva, tendo nascido em Borda da Mata, no dia 17 de dezembro de 1.942. Conviveu com 04 (quatro irmãos): Intro (já falecido), Terezinha, Adalgisa (Darza) e Graciema (também falecida). Deixou, 17 (dezessete) sobrinhos.
Em 1.990, aposen-tando-me, voltei a residir na querida terra natal. Então, recebi o convite para participar da diretoria do “Jornal A Cidade”. O periódico fora fundado por João Paiva, juntamente com Dr. Ranulfo João Cláudio Paolielo e Dr. Otelo Ferreira de Freitas. Assim, em razão do convívio com esses amigos, conheci melhor o importante trabalho jornalístico de João Paiva, a quem cabia a montagem das matérias e diagramação do jornal.
O que mais me chamava a curiosidade era constatar que ele, na sua simplicidade, havia se tornado um autodidata. Estudou sozinho, conseguindo praticamente “doutorar-se” em informática, sem aulas de professores e frequência a bancos escolares e acadêmicos. Um homem inteligente, na sua humildade de poucas letras, pleno de idéias e ideais.
Na sua atividade jornalística, vivenciou a história política em todos os setores públicos da administração e se interessou em acompanhar e participar, ativamente, de tudo o que acontecia no mundo político. Daí, infiltrado no ramo da comunicação social, fez contactos, mobilizou forças, buscou e reuniu documentos, na vitoriosa batalha pela fundação da Rádio Comunitária que hoje presta relevantes serviços ao nosso município. Seu papel na fundação da emissora foi fundamental.
Gostava de organizar festivais sertanejos. Apreciava também gravar as reuniões da Câmara Municipal e de noticiar os fatos colhidos nos debates lá travados entre os vereadores dos diversos partidos. O seu interesse pela vida política levou-o a se tornar presidente de uma das muitas agremiações partidárias locais: o PMN.
João Paiva era um homem introspectivo. Falava pouco, sendo pessoa simples e, sobretudo, humilde. Mas, na sua humildade, soube colocar os dons de sua privilegiada inteligência a serviço da sua comunidade, como Diretor do “Jornal A Cidade”, durante quase 30 (trinta) anos e co-fundador da Rádio Comunitária local.
Assim, sua morte representa grande perda para a sociedade bordamatense, que não pode deixar de reconhecer e lhe deve muito por seu importante trabalho.
Daí a razão deste merecido tributo em sua memória, ao tempo em que apresentamos a seus dignos familiares os nossos mais profundos sentimentos de pesar.
Borda da Mata, 31 de janeiro de 2.014.
Gustavo Dantas de Melo
Borda da Mata

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